Lágrima e ira
O Massacre de Sabra e Chatila foi o assassinato de refugiados civis palestinos e libaneses cometido pela milícia maronita, sob proteção do exército de Israel, naqueles campos palestinos na periferia de Beirute, em 16 de setembro de 1982. Este poema do jornalista e escritor comunista Kháled Fayez Mahassena rememora aquela
Por Kháled Fayez Mahassen
Publicado 20/09/2013 17:19
E não amanheceu, o dia.
Em setembro, não havia luz.
Nem o calor do sol.
Nem o canto do canário,
E nem o chamado da mãe.
Em setembro, não havia luz.
Nem o calor do sol.
Nem o canto do canário,
E nem o chamado da mãe.
Em setembro,
Não tinha mais Sabra e Shatila,
Não tinha mais Sabra e Shatila,
Não tinha a gritaria da criança nas ruelas úmidas,
Nem o sonho do velho de AL Awada العودة (o retorno)
Nem khadija خديجة precisava mais da chave da sua casa em Haifa.
A criança morreu,
O velho morreu,
A Khadija خديجة morreu!
Minha lagrima!
Secou, a minha lagrima,
E endureceu o meu coração.
A bota era grande,
A bala era grande
E a tragédia, a tragédia é grande.
Um corpo aqui,
Uma boneca lá
E o carrinho de pedra do Aluche علوشي, não anda mais.
Nem o carrinho de frutas do Abou Youssef, não anda mais.
Ninguém respira,
Ninguém anda
Nem canário, nem galinha,
Só o papagaio repetiu boom
E morreu.
Em setembro mataram Sabra e Shatila
Morreu a vida
Um monstro grande espalhou a treva
Um monstro grande escondeu o sol
E sequestrou a lua,
Sequestrou a vida
E deixou
Lagrima, lagrima, lagrima
E um grito,
Sanaaud. سنعود
Nem o sonho do velho de AL Awada العودة (o retorno)
Nem khadija خديجة precisava mais da chave da sua casa em Haifa.
A criança morreu,
O velho morreu,
A Khadija خديجة morreu!
Minha lagrima!
Secou, a minha lagrima,
E endureceu o meu coração.
A bota era grande,
A bala era grande
E a tragédia, a tragédia é grande.
Um corpo aqui,
Uma boneca lá
E o carrinho de pedra do Aluche علوشي, não anda mais.
Nem o carrinho de frutas do Abou Youssef, não anda mais.
Ninguém respira,
Ninguém anda
Nem canário, nem galinha,
Só o papagaio repetiu boom
E morreu.
Em setembro mataram Sabra e Shatila
Morreu a vida
Um monstro grande espalhou a treva
Um monstro grande escondeu o sol
E sequestrou a lua,
Sequestrou a vida
E deixou
Lagrima, lagrima, lagrima
E um grito,
Sanaaud. سنعود