Congresso dos EUA vai analisar crise na península coreana

O almirante Sam Locklear, chefe do Comando do Pacífico das Forças Armadas estadunidenses, se apresentará ao Comitê de Serviços Armados do Senado como parte de uma série de intervenções no Congresso para discutir a crise atual entre Washington, Seul e a República Popular Democrática da Coreia (RPDC).

Locklear também comparecerá diante do Comitê de Serviços Armados da Câmara de Representantes e do subcomitê de atribuições desse órgão legislativo, devido à crescente escalada na região.

No entanto, o general James Thurman, chefe das tropas estadunidenses na Coreia do Sul, não participará dos encontros desta semana, no que o Pentágono qualifica como uma medida prudente, devido à situação de crescente instabilidade no Pacífico ocidental, assinala o jornal The Hill nesta terça-feira (9).

O senador republicano pelo estado do Arizona, John McCain, assinalou, nesta terça em uma entrevista para a televisão, que a diplomacia estadunidense "perde tempo" ao tentar negociar com a liderança norte-coreana e incentivou a tomar medidas mais duras contra o governo de Pionguiangue.

Meios da imprensa local insistem que a RPDC prepara o lançamento de mísseis de longo alcance em sua costa oriental nos próximos dias.

Nesse sentido, o Pentágono anunciou, na semana passada, o início da instalação de foguetes interceptadores de longo alcance na ilha de Guam e o posicionamento de ao menos três navios de guerra com sistemas antibalísticos nos arredores do litoral norte-coreano.

A agência de notícias norte-coreana KCNA afirmou, nesta terça-feira, que a situação na península se aproxima de uma guerra termonuclear e recomendou residentes, empresas e turistas estrangeiros na Coreia do Sul a adotar medidas para sua saída do país.

Por sua vez, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos confirmou que o Japão posicionou várias baterias de foguetes interceptadores Patriot PAC-3 ao redor de Tóquio e outras cidades japonesas, diante do aumento das tensões com a RPDC.

No entanto, especialistas militares estadunidenses afirmam que não se observam indícios de que as autoridades norte-coreanas estejam preparando uma guerra iminente contra Washington e Seul, mas admitem que Pionguiangue poderia realizar algum tipo de teste com seus mísseis balísticos nos próximos dias.

As tensões na península coreana escalaram nas últimas semanas devido às sanções do Conselho de Segurança da ONU contra a RPDC e à realização das manobras militares Foal Eagle entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul, consideradas pelo governo de Pionguiangue como ensaios de agressão contra seu país.

Fonte: Prensa Latina