Cuba e Irã defendem uso pacífico da energia nuclear
Os presidentes de Cuba, Raúl Castro, e do Irã, Mahmud Ahmadinejad, defenderam na quarta-feira (11) em Havana o direito de todos os países ao uso pacífico da energia nuclear.
Publicado 12/01/2012 06:49
Os dois governantes ratificaram "o compromisso dos dois países na defesa da paz, do direito internacional e dos princípios da Carta das Nações Unidas, assim como do direito de todos os Estados ao uso pacífico da energia nuclear", afirma um comunicado oficial.
A posição política conjunta foi anunciada na mesma semana em que os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Nicarágua, Daniel Ortega, fizeram o mesmo em encontros com o presidente iraniano.
De acordo com a nota oficial, durante o encontro no Palácio da Revolução de Havana, Raúl Castro e Ahmadinejad conversaram sobre "o excelente estado das relações bilaterais e temas do âmbito internacional".
Antes do encontro com Raúl Castro, Ahmadinejad depositou flores no monumento ao Herói Nacional, José Martí.
Mais cedo, o presidente iraniano recebeu o título de Doutor Honoris Causa em Ciências Políticas na Universidade de Havana.
"Estamos observando que o sistema capitalista está em decadência, em diferentes cenários, como em um beco sem saída, e é necessária uma nova ordem, uma nova visão, que respeite todos os seres humanos, um pensamento baseado na justiça", disse Ahmadinejad.
O presidente iraniano defendeu uma nova ordem mundial mais justa, equitativa e solidária, em que todos os seres humanos sejam igualmente respeitados, ao receber o título de Doutor Honoris Causa em Ciências Políticas da Universidade de Havana no salão nobre da instituição.
Ele insistiu na necessidade de fazer frente à hegemonia das potências imperialistas com a unidade entre as nações.
"É indiscutível a decadência do capitalismo, um sistema baseado na injustiça, na exploração dos recursos alheios, no armamentismo; o capitalismo já se vê num beco sem saída nos cenários político e econômico", afirmou o mandatário iraniano.
Ahmadinejad insistiu na necessidade de permanecer alerta diante de um regime que recorre à violência, intervencionismo e genocídio com o objetivo de estender seus domínios e defender seus interesses.
Assegurou que a unidade é a única alternativa a seguir e que sua nação estará junto a Cuba na tarefa inadiável de criar um novo futuro.
A cerimônia na Universidade foi presidida por Esteban Lazo Hernández, vice-presidente do Conselho de Estado e membro do Birô Político do Partido Comunista de Cuba, e Gustavo Cobreiro, reitor do centro educativo.
Nesta quinta (12), Mahmud Ahmadinejad visita o Equador, última etapa de seu giro latino-americano.
Com agências