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Repressão bareinita ataca funeral de manifestante

As forças de segurança do Reino do Barein atacaram na manhã desta quarta-feira pessoas que participavam do funeral de um manifestante pró-democracia, na cidade de Karzakan, dispersando os participantes da procissão pela força.

Testemunhas afirmaram que as forças de segurança atiraram contra a multidão gás lacrimogêneo e dispararam armas com balas de borracha para dispersar a multidão que seguia o féretro de Hassan Jassim Fardan, que foi assassinado durante uma das repressões brutais realizadas pelo regime bareinita.

Também nesta quarta-feira foi descoberto o corpo de outro manifestante anti-governamental, na cidade de Saar, a poucos quilômetros a oeste da capital do país, Manama.

Saíd Hamid Mafud estava desaparecido desde a última terça-feira. Seu funeral foi realizado sob severa vigilância das forças de segurança em Saar. Não há relatos de conflitos durante o funeral.

A cidade foi testemunha de uma série de protestos anti-governamentais nas últimas duas semanas. Em 31 de março um rapaz de 15 anos foi assassinado com um tiro na cabeça, desferido por policiais na cidade de Saar.

Há relatos que sugerem que as autoridades bareinitas ordenam a remoção de vários orgãos das vítimas fatais na repressão às manifestações anti-governamentais.

"Os corpos dos jovens, que são retirados dos hospitais e mortos, estão sendo entregues às suas famílias sem alguns orgãos", afirmou à emissora de televisão iraniana Press TV o escritor Ralph Schoenman, autor do livro The Hidden History of Zionism.

Desde o início da revolta no Barein, dezenas de manifestantes anti-governamentais foram assassinados e muitos outros estão desaparecidos. Seus corpos frequentemente são achados alguns dias depois do desaparecimento, mesmo assim, muitos ainda não reapareceram.

Seis líderes da oposição foram presos recentemente e as autoridades de Manama se recusaram a dar alguma informação sobre o paradeiro deles. Os líderes oposicionistas, cinco xiitas e um sunita, foram aprisionados em 17 de março.

Entre os líderes da oposição aprisionados está Hassan Mushaima, chefe do Partido Haq. Ele retornou ao Barein proveniente do Reino Unido em meados de fevereiro, após Manama ter retirado algumas acusações na justiça que mantinha contra ele. Membros da sua família contaram à mídia iraniana que alguns soldados das tropas sauditas que ocupam o país estavam entre os militares que aprisionaram Hassan.

O Partido Waad oposicionista afirmou que o chefe de seu comitê central, Abdulhamid Murad, foi aprisionado na última operação das forças de repressão no país.

De acordo com o principal grupo de oposição xiita, Wefaq, mais de 450 ativistas da oposição, dentre eles 14 mulheres, foram presos desde o início da revolta contra o rei no pequeno estado do Golfo Pérsico em fevereiro.

Com informações da Press TV