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Fitch eleva ratings do Brasil para BBB, com perspectiva estável

Elevação dos ratings reflete a avaliação da agência de que a taxa de crescimento sustentável potencial da economia brasileira aumentou para a faixa entre 4% e 5%

A agência de classificação de risco Fitch Ratings anunciou que elevou os ratings de Probabilidade de Inadimplência do Emissor (IDR, em inglês) do Brasil em moeda estrangeira de BBB- para BBB, o IDR em moeda local de BBB- para BBB, o teto país ("country ceiling") de BBB para BBB+ e o IDR de curto prazo de F3 para F2. A perspectiva para o rating foi revisada de positivo para estável.

A elevação dos ratings reflete a avaliação da agência de que a taxa de crescimento sustentável potencial da economia brasileira aumentou para entre 4% e 5%, sustentando a perspectiva fiscal de médio prazo e o contínuo fortalecimento de sua posição de liquidez externa, o que aumenta a capacidade de absorção de choques pelo País.

O movimento coloca o Brasil no segundo nível da classificação de grau de investimento da Fitch. A agência havia elevado o País para o primeiro nível do grau de investimento (BBB-) em maio de 2008.

Reflexos no câmbio

"O governo de (Dilma) Rousseff mostrou sinais de um maior contenção fiscal, o que, ao lado de perspectivas saudáveis de crescimento, deve viabilizar uma queda no ônus da pesada dívida pública do Brasil", afirma o comunicado da Fitch.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a elevação da nota do Brasil é um reconhecimento de que a economia do país está mais sólida.

Mantega admitiu que esta melhora na classificação pode trazer mais dólares ao Brasil, o que desvalorizaria ainda mais a cotação da moeda americana em relação ao real – algo que o governo tem tentado evitar, com o objetivo de aumentar as exportações.

“Mas é melhor ter esse problema de excesso de dólares do que o problema que tínhamos no passado de falta de dólares”, afirmou o ministro, segundo a Agência Brasil. Mantega também reiterou que novas medidas podem ser tomadas para conter a entrada excessiva de dólares no Brasil.

Com agências