‘Entregamos o parque pronto e funcionando’, diz ex-prefeito
O ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves reagiu com indignação à informação da Prefeitura sobre a reabertura, marcada para março de 2011, do Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte. “Nós entregamos o Parque pronto e funcionando. Cerca de 25 mil pessoas visitaram o Memorial de Natal desde a inauguração até o fechamento. O que a prefeita fez foi um ato premeditado. No primeiro dia do mandato ela interditou o Parque.
Publicado 16/12/2010 09:36 | Editado 04/03/2020 17:08

Segundo Carlos Eduardo, a atual gestão municipal também teria fechado a Maternidade Professor Leide Morais e o Ginásio Nélio Dias, ambos na zona Norte, alegando que as obras estavam inacabadas. “A maternidade foi fechada e entregue 40 dias depois, em virtude da pressão popular. O Ginásio foi deixado pronto, a Prefeitura disse que interditou a obra porque faltava uma documentação. Só depois de nove meses de protesto do povo e da imprensa esportiva, reabriram o ginásio do jeito que a nossa gestão deixou”, disse.
Questionado sobre os motivos que teriam levado a Prefeitura a tomar esse tipo de atitude – interditar obras, que segundo ele, foram concluídas – Carlos Eduardo atribuiu, novamente, a falta de projetos da administração municipal.
“Só que explica tudo isso é a incompetência da administração, que já está há dois anos no comando e não tem nenhum projeto ou grande obra. Eu deixei o Parque da Cidade concluído e funcionando. É uma pena que esse projeto grandioso do mestre Niemeyer tenha sido vítima de mesquinharia e inveja de uma administração incompetente”, falou Carlos Eduardo.
O Parque da Cidade foi inaugurado em duas etapas. Na primeira, no dia 21 de junho de 2008, foram abertos ao público o auditório de eventos, a biblioteca, a praça de eventos, o passeio, a escola ambiental. Em novembro, no dia 14, foi a vez do Memorial da Cidade – um museu que mostrava a história de Natal, da pré-história aos dias atuais.
“O Parque funcionava de segunda a sexta-feira recebendo a visita das escolas públicas e particulares, a biblioteca funcionava até aos sábados. Eu mesmo vi pessoas estudando nela. E nos finais de semana, era o palco para as manifestações culturais da cidade. Artistas de renome nacional, como Roberta Sá, e locais também, como a cantora Krhystal, se apresentaram lá. Como um local iria funcionar se não houvesse estrutura?”, questionou o ex-prefeito.
Na época, a Prefeitura investiu R$ 750 mil do contribuinte para a montagem do Memorial, R$ 21 milhões foram gastos em obras físicas, R$ 1 milhão no projeto técnico do escritório de Oscar Niemeyer e R$ 4 milhões em desapropriações.
“O que a prefeita está fazendo agora é gastar mais de R$ 3 milhões para reconstruir o que foi destruído pela abandono da sua gestão. É corrigir o crime de ter fechado, durante dois anos, o Parque da Cidade. Eu me sinto indignado com esse embuste porque, na verdade, quem saiu prejudicado foi o povo e a cidade, que perdeu uma obra tão importante”, lamentou o ex-prefeito.