Congresso dos EUA aprova resolução contra Estado palestino
A Câmara de Representantes dos Estados Unidos (Câmara dos Deputados) aprovou na noite de quarta-feira uma resolução que condena as medidas unilaterais que declaram ou reconhecem um Estado palestino, sob o pretexto de promover uma solução negociada ao conflito entre israelenses e palestinos.
Publicado 16/12/2010 11:14
A resolução foi aprovada depois que o Brasil, que foi seguido por Argentina e Uruguai, reconheceu um Estado palestino de acordo com as fronteiras de 1967, os limites que existiam antes de Israel dar curso a sua política expansionista e ocupar a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, além de territórios pertencentes a outros países árabes, como as Colinas de Gola, da Síria e o Sinai, do Egito..
A medida, apresentada pelo democrata Howard Berman, reafirma o "forte respaldo" na Câmara de Representantes dos Estados Unidos a uma "resolução negociada do conflito israelense-palestino que resulte em dois Estados, um Estado de Israel democrático e judeu e um Estado palestino viável e democrático".
O texto também reafirma a "forte oposição a qualquer tentativa de estabelecer ou buscar o reconhecimento de um Estado palestino fora de um acordo negociado entre Israel e os palestinos", estimula as autoridades palestinas a "cessar todos os esforços que impedem o processo de negociação" e pede aos governos estrangeiros que "não façam tal reconhecimento".
O porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley, disse que tal reconhecimento da parte dos sul-americanos era "contraproducente" para a paz no Oriente Médio.
A resolução da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos é uma confirmação do invariável caminho seguido pelo imperialismo estadunidense de apoio aos sionistas israelenses e um aval para que estes prossigam praticando impunemente sua política agressiva e genocida contra os palestinos. Toda a estratégia israelense, respaldada pelo imperialismo norte-americano, consiste em inviabilizar para sempre a criação do Estado palestino.
O povo palestino tem todo o direito de lutar e resistir e, se julgar oportuno,proclamar unilateralmente o seu Estado independente. As nações democráticas, por sua vez, mesmo que os imperialistas e sionistas vetem, têm o direito de manifestar da forma que julgarem adequada, sua solidariedade ao povo palestino.
Da redação, com agências