Festival Mundial da Juventude discute América Latina
O 17º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes, que acontece na África do Sul até o próximo dia 21, dedicará seu segundo dia de debates a diversos temas relacionados ao continente latino-americano. A luta pela autodeterminação, a independência e a soberania; o direito à moradia para todos; e a igualdade entre homens e mulheres são os temas de alguns dos seminários propostos.
Publicado 15/12/2010 10:42
Os delegados que participam do evento, cuja primeira edição ocorreu em Praga há 63 anos, também debaterão sobre as bases militares estrangeiras em países latino-americanos e o papel dos jovens na luta contra o analfabetismo. Um dos destaques do encontro são as oficinas "A vigência do pensamento político e econômico de Ernesto Che Guevara", e "Soberania ambiental e energética".
Entrevistado por Prensa Latina, o argentino Gabriel Díaz comentou que esta reunião é uma boa oportunidade para compartilhar experiências do quanto tem avançado a região, sobretudo nos últimos anos. "Nossos passos adiante e retrocessos são parte de um mesmo processo pela libertação total e contra o imperialismo", destacou o estudante de Ciências Políticas da Universidade Nacional de San Juan.
Díaz também ressaltou os laços de irmandade que unem latino-americanos e africanos, e elogiou os processos de mudanças na Venezuela, Nicarágua, Equador e Bolívia, e o exemplo da Revolução cubana.
O aluno boliviano de Medicina, Carlos Antonio Lino, apontou que a América Latina se levanta a cada dia mais e, apesar das tentativas de golpes de Estado em vários países, seguirá adiante. "Devemos buscar soluções, é hora de materializar ações concretas nas quais as novas gerações desempenhem um papel importante", disse, convocando os delegados ao 17º Festival no Centro de Eventos de Tshwane.
Neste encontro, dedicado de maneira especial aos líderes Fidel Castro e Nelson Mandela, e sob o lema "Por um mundo de paz, solidariedade, e transformações sociais, derrotemos o imperialismo", participam cerca de 15 mil representantes de 140 países.