São Luis do Paraitinga se torna patrimônio histórico nacional
Cidade no Vale do Paraíba afetada por grande inundação no ano passado foi tombada pelo Iphan
Publicado 13/12/2010 13:47 | Editado 04/03/2020 17:18
Os conselheiros do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) decidiram na manhã desta sexta-feira, 10, que São Luiz do Paraitinga, no Vale do Paraíba, em São Paulo, é patrimônio histórico nacional. A decisão, tomada pela unanimidade dos conselheiros do Iphan, foi anunciada após dois dias de reunião para avaliar a proposta de tombamento da cidade.
O tombamento pelo Iphan abrange o centro histórico da cidade e também a preservação visual do entorno, que tem montanhas da Serra do Mar. A área total de preservação visual ultrapassa 6,5 milhões de metros quadrados. Em 1892, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) já havia tombado o centro histórico da cidade.
O Iphan planeja, já no próximo ano, comprar uma casa para implantação da Casa do Patrimônio, que será um centro de referência em preservação em todo o Vale do Paraíba e serviria para aproximar o Instituto da população.
Para que os conselheiros decidissem sobre a proposta de tombamento de São Luis do Paraitinga, técnicos do Iphan elaboraram um dossiê, que foi finalizado antes da grande enchente que destruiu parte do município no início do ano. O documento foi usado para a reconstrução do centro histórico da cidade. Mas, os técnicos precisaram atualizar o dossiê que servirá de base para a análise dos conselheiros do Iphan.
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, que avalia os processos de tombamento e registro, é composto por 22 pessoas e presidido por Luiz Fernando de Almeida, presidente do Iphan. Conta com a participação de profissionais do Ministério do Turismo, Instituto dos Arquitetos do Brasil, Sociedade de Arqueologia Brasileira, Ministério da Educação, Sociedade Brasileira de Antropologia e Instituto Brasileiro de Museus – Ibram e também tem membros da sociedade civil.
Com informações O Estado de S. Paulo