Nacionalizações viabilizaram progresso da Bolívia, diz Evo
O processo de nacionalização das empresas estratégicas, iniciado em 2006, permitiu recuperar o patrimônio estatal e encaminhar o desenvolvimento da Bolívia, expressou o presidente Evo Morales, em ato público, em Sacabamba (Cochabamba).
Publicado 13/12/2010 13:02
Os governos anteriores entregavam as riquezas nacionais aos interesses estrangeiros, levavam todo o dinheiro e mal deixavam mínimas porcentagens no país, recordou o presidente durante a cerimônia com motivo da entrega de fundos do programa "Bolívia muda, Evo cumpre".
Só no setor petroleiro, essas empresas deixavam somente 18% do que ganhavam com a exploração de hidrocarbonetos e levavam 82% restante, disse.
Morales comentou que, após a recuperação do controle estatal dos hidrocarbonetos, 82% dos lucros gerados pela exploração e venda de gás fica para os bolivianos e somente 18% vai para os investidores privados.
A venda de matérias-primas da Bolívia ao exterior acabou, porque serão industrializadas no país para ser exportadas com valor agregado a fim de conseguir melhores rendimentos para o desenvolvimento, acrescentou o chefe de Estado, em alusão aos planos com o lítio, o zinco e outros recursos naturais.
Morales assegurou que seu objetivo é melhorar a qualidade de vida dos bolivianos e explicou que os recursos obtidos pelas exportações voltam aos bolivianos através dos bônus de ajuda social a diversos setores.
"Com essa política de pensar no país e no povo foram conseguidos importantes avanços econômicos que esqueceram os eternos déficits fiscais do passado".
As reservas internacionais bolivianas cresceram nestes quase cinco anos de 700 a 9,3 bilhões de dólares e para 2012 é provável que ultrapassem os 12 bilhões de dólares.
Também os investimentos públicos passaram de apenas 500 milhões de dólares anuais a três bilhões de dólares, de 2005 a 2010, de acordo com o presidente.
Fonte: Prensa Latina