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Candidata mais votada à presidência do Haiti se opõe à recontagem

 A principal candidata à presidência do Haiti, Mirlande Manigat, afirmou na sexta-feira que não apoia a recontagem dos votos proposta pelo Conselho Eleitoral haitiano.

Os resultados iniciais mostravam Manigat, ex-primeira-dama e acadêmica de 70 anos, liderando as eleições com 31,37% dos votos, seguida por Jude Celestin, com 22,48%, enquanto Michel Martelly ocupava o terceiro lugar, com 21,85%.

A candidata, que disse ter tomado conhecimento da proposta do Conselho Eleitoral para verificar o processo ligado à eleição presidencial de 28 de novembro, disse que não quer estar envolvida nesta operação.

"Após uma análise, parece que este comunicado não indica a data ou a hora de um eventual convite aos interessados, em especial sobre o procedimento para a realização desta operação. Nestas circunstâncias, a candidata lamenta não poder se associar a esta iniciativa", disse um comunicado assinado pelos advogados de Manigat.

A publicação na terça-feira dos resultados do primeiro turno das eleições provocou a ira dos partidários do cantor popular Michel Martelly, que conquistou a terceira posição e ficou de fora do segundo turno.

Martelly acusa o presidente René Préval e seu candidato governista, Jude Celestin, de negarem ao povo haitiano uma eleição livre e justa, razão pela qual também rejeitou na sexta-feira participar da recontagem de votos, que descreveu como "uma armadilha".

Com AFP