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Coreia do Norte: Bombardeio foi provocação deliberada de Seul

A República Popular Democrática da Coreia (RPDC) emitiu na quarta-feira (8) um comunicado no qual assinala que os últimos disparos de artilharia na ilha de Yeonpyeong foram consequência de uma "provocação deliberada" da parte da Coreia do Sul.

O detalhado documento foi emitido pela Secretaria do Comitê para a Reunificação Pacífica da Coreia, e revelou a verdade e a natureza do bombardeio ocorrido em águas da costa ocidental da Península Coreana, informou na quinta-feira (9) a agência de notícias coreana KCNA.

A agência diz que comunicado esclarece de forma interna e externa sobre "quem foi o provocador e de quem foi toda a culpa do incidente".

O motivo da troca de tiros e o seu pano de fundo "esclarecem que isto foi uma provocação deliberada de Seul", assinala o comunicado, agregando que a Coreia do Sul "disparou milhares de projéteis nas águas territoriais da RPDC".

Do mesmo modo, agrega que "este ato irresponsável foi obviamente uma provocação deliberada para que a RPDC realizasse uma neutralização militar". Não obstante, mesmo sendo Seul o provocador direto, os Estados Unidos foram "manipuladores e diretores" por trás do incidente.

As tensões na Península Coreana aumentaram depois de que Pyongyang e Seúl realizaram uma troca de disparos de artilharia em 23 de novembro, em águas próximas à disputada fronteira marítima conhecida como a Linha Limítrofe Norte (LLN).

Durante o incidente, vários projéteis cairam na ilha sul-coreana de Yeonpyeong, causando a morte de dois militares e dois civis.

La LLN foi declarada unilateralmente pelo Comando das Nações Unidas, encabeçado pelos Estados Unidos, depois da Guerra da Coreia (1950-1953), e continua sendo uma fonte de tensão e friçcões entre a RPDC e a Coreia do Sul.

A Coreia do Sul aceita a LLN como a fronteira intercoreana ocidental de fato. Não obstante, a RPDC a repudia, e só reconhece a linha de demarcação que fixou em 1999, a qual está situada mais ao sul da LLN.

Fonte: Xinhua