Coreia do Norte: Bombardeio foi provocação deliberada de Seul
A República Popular Democrática da Coreia (RPDC) emitiu na quarta-feira (8) um comunicado no qual assinala que os últimos disparos de artilharia na ilha de Yeonpyeong foram consequência de uma "provocação deliberada" da parte da Coreia do Sul.
Publicado 10/12/2010 03:47
O detalhado documento foi emitido pela Secretaria do Comitê para a Reunificação Pacífica da Coreia, e revelou a verdade e a natureza do bombardeio ocorrido em águas da costa ocidental da Península Coreana, informou na quinta-feira (9) a agência de notícias coreana KCNA.
A agência diz que comunicado esclarece de forma interna e externa sobre "quem foi o provocador e de quem foi toda a culpa do incidente".
O motivo da troca de tiros e o seu pano de fundo "esclarecem que isto foi uma provocação deliberada de Seul", assinala o comunicado, agregando que a Coreia do Sul "disparou milhares de projéteis nas águas territoriais da RPDC".
Do mesmo modo, agrega que "este ato irresponsável foi obviamente uma provocação deliberada para que a RPDC realizasse uma neutralização militar". Não obstante, mesmo sendo Seul o provocador direto, os Estados Unidos foram "manipuladores e diretores" por trás do incidente.
As tensões na Península Coreana aumentaram depois de que Pyongyang e Seúl realizaram uma troca de disparos de artilharia em 23 de novembro, em águas próximas à disputada fronteira marítima conhecida como a Linha Limítrofe Norte (LLN).
Durante o incidente, vários projéteis cairam na ilha sul-coreana de Yeonpyeong, causando a morte de dois militares e dois civis.
La LLN foi declarada unilateralmente pelo Comando das Nações Unidas, encabeçado pelos Estados Unidos, depois da Guerra da Coreia (1950-1953), e continua sendo uma fonte de tensão e friçcões entre a RPDC e a Coreia do Sul.
A Coreia do Sul aceita a LLN como a fronteira intercoreana ocidental de fato. Não obstante, a RPDC a repudia, e só reconhece a linha de demarcação que fixou em 1999, a qual está situada mais ao sul da LLN.
Fonte: Xinhua