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Brasil é mais influente que EUA na América Latina, diz pesquisa

O povo latino aponta o Brasil como país mais influente na região, superando até mesmo os Estados Unidos. É o que diz a pesquisa Latinobarômetro, que avalia opiniões, atitudes e valores na América Latina.

O levantamento mostra que a crença na democracia e o otimismo em relação ao progresso do país aumentou na maioria dos países da região. Apenas pela segunda vez desde o início da pesquisa, em 1995, o crime superou o desemprego como maior preocupação dos latinos-americanos.

A margem da liderança brasileira é de significativos nove pontos percentuais, embora o número absoluto seja relativamente baixo. Segundo o Latinobarômetro, publicado com exclusividade pela revista britânica The Economist, 19% dos entrevistados em todos os países da região veem o Brasil como país mais influente — um aumento de um ponto percentual em relação ao ano passado.

Em segundo lugar, com 9% dos votos, vêm os Estados Unidos (que se manteve inalterado) e a Venezuela (que perdeu dois pontos percentuais desde 2009). A revista ressalta, contudo, que os americanos continuam mais influentes para o povo mexicano e de boa parte da América Central. A Venezuela, por sua vez, lidera neste quesito no Equador, na República Dominicana e na Nicarágua.

O Brasil lidera ainda a lista de países mais otimistas com o progresso do país, com quase 70% dos brasileiros entrevistados respondendo que sim. Segundo a Economist, o bom número brasileiro se deve à forte performance econômica do país durante a crise econômica mundial e a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No fim da lista está Honduras — país que sofreu um golpe de Estado no ano passado e viu seu legítimo presidente ser obrigado a se refugiar na Embaixada Brasileira em Tegucigalpa. O golpe causou ainda o esfriamento das relações bilaterais com os Estados Unidos, parceiro econômico crucial da nação empobrecida.

Em um quesito diretamente relacionado, relata a Economist, a pesquisa mostra ainda um aumento do apoio do povo latino-americano à democracia e a suas instituições. Ao todo, 44% dos entrevistados se disseram satisfeitos com a democracia atual em seu país natal — mesmo número de 2009, mas um aumento de 19 pontos desde 2001.

O número cai para 34% quando se pergunta sobre a confiança no Congresso e fica em 45% quando os latino-americanos são questionados sobre a confiança no governo. Em 2003, estes números eram 17% e 24% respectivamente. A lista é liderada pela Venezuela, onde 84% acreditam que a democracia é preferível a outros tipos de governo.

O Brasil aparece apenas em 14º, com 54% de apoio — uma queda de um ponto percentual em um ano, mas aumento de 14 pontos desde 2001.A Economist atribui a melhora significativa ao pouco impacto da crise econômica mundial na América Latina e uma segurança social que ajudou a reduzir os níveis de pobreza.

Da Redação, com informações da Folha.com