Unasul discute crise Venezuela/Colômbia na quinta
O impasse entre a Colômbia e a Venezuela será tema de uma reunião na próxima quinta-feira (29), em Quito, no Equador. Os ministros das Relações Exteriores da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) foram convocados extraordinariamente pela presidência pro tempore do bloco para buscar uma solução que encerre a crise e evite o agravamento do conflito na região. A ideia é abordar a adoção de mecanismos que possibilitem o fortalecimento do dálogo e a paz no continente.
Publicado 26/07/2010 12:03
O impasse entre a Colômbia e a Venezuela será tema de uma reunião na próxima quinta-feira (29), em Quito, no Equador. Os ministros das Relações Exteriores da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) foram convocados extraordinariamente pela presidência pro tempore do bloco para buscar uma solução que encerre a crise e evite o agravamento do conflito na região. A ideia é abordar a adoção de mecanismos que possibilitem o fortalecimento do dálogo e a paz no continente.
A iniciativa foi divulgada em um comunicado do Ministério das Relações Exteriores do Equador – país que ocupa a presidência da Unasul. Integram o bloco as seguintes nações: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Argentina, Paraguai, Uruguai, Guiana, Suriname, Chile e Venezuela. A decisão de convocar a reunião foi tomada pelo presidente do Equador, Rafael Correa, que preside a Unasul temporariamente.
Criada em maio de 2008, a Unasul é uma organização regional cujo objetivo principal é o fortalecimento do desenvolvimento da América do Sul, com soberania e independência. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também quer colaborar na construção do diálogo entre a Colômbia e a Venezuela. No próximo dia 6, ele se reúne com o presidente venezuelano, Hugo Chávez. No dia 7, Lula participa da cerimônia de posse do presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos.
Para o presidente do Equador, é fundamental buscar alternativas para superar o conflito envolvendo a Colômbia e Venezuela. Também há uma expectativa de uma sessão extraordinária da Organização dos Estados Americanos (OEA) para debater o tema, mas os líderes latino-americanos argumentam que o debate neste órgão pode ser desequilibrado, uma vez que os Estados Unidos – com grande influência sobre a OEA (já apelidada de ministério das Colônias dos EUA) -, tem a Colômbia como principal aliado na região.
As tensões entre a Venezuela e a Colômbia se agravaram no último dia 22, quando Chávez anunciou o rompimento das relações com o governo do presidente colombiano, Álvaro Uribe. Chávez tomou a decisão depois que, em sessão extraordinária da OEA, o embaixador da Colômbia na organização, Luis Alfonso Hoyos, acusou a existência de 87 acampamentos e 1,5 mil guerrilheiros das Farc em território venezuelano.
A denúncia vazia da Colômbia fez Chávez anunciar a ruptura de relações diplomáticas com o país vizinho. Paralelamente, ele iniciou um processo de articulação com os presidentes sul-americanos para a mediação do conflito.
Com agências