Israel bombardeia Gaza e prossegue detenções na Cisjordânia
Caças-bombardeiros de Israel atacaram nesta quinta-feira (1/7) três localidades de Gaza, inclusive uma área residencial, enquanto forças ocupantes da Cisjordânia prosseguiram as detenções arbitrárias de palestinos, que em junho passado superaram 100 pessoas apenas em Hebrón.
Publicado 01/07/2010 16:14
Testemunhas e fontes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que controla Gaza, disseram que a aviação sionista atacou nas primeiras horas da quinta-feira o aeroporto internacional Iasser Arafat, inutilizado há anos por sucessivos bombardeios israelenses.
Além dessa instalação situada a leste Rafá, cidade meridional limítrofe com o Egito, a força aérea israelense lançou mísseis contra uma área de plantaçõesno povoado de Khuza'a, ao leste de Khan Younis, igualmente no sul, sem causar vítimas.
Uma terceira agressão teve como alvo o bairro de Al-Zytoun, na área de Abu Jerad, no sul causando severos danos às moradias e gerando pânico entre mulheres e crianças.
O comando militar sionista afirmou que os ataques foram dirigidos contra lugares onde supostamente a resistência palestina "fabrica armas", e cointra túneis, que supostamente seria utilizados pelo Hamas e por outras milícias para "abastecer-se de armas".
Segundo Telavive, essa agressão em represália pelo disparo de um foguete caseiro contra Sdot Negev, no sul de Israel, que chegou a danificar uma empresa mas sem deixar vítimas.
Enquanto isso, um relatório da Sociedade de Prisioneiros Palestinos (PPS, na sigla em inglês) confirmou que soldados sionistas prenderam e sequestraram 100 pessoas no mês de junho, muitas delas jovens, na cidade cisjordaniana de Hebrón e seus arredores.
De acordo com a informação divulgada nesta quinta-feira, entre os residentes árabes presos nessa localidade da CIsjordânia ocupada havia doentes, feridos e ex-detentos.
Também foram sequestrados em Al-Khalil (nome árabe de Hebrón) 19 estudantes, 11 dos quais eram menores obrigados a colaborar com as forças de segurança israelenses em troca de sua libertação.
As prisões tiveram como padrão a invasão violenta das casas das vítimas, saques, e registros de torturas dos detentos diante de seus familiares antes de os levar a lugares desconhecidos, indicou a PPS.
Por outro lado, grupos da resistência palestina condenaram os abusos que sofrem os prisioneiros em cárceres israelenses mediante "várias técnicas desumanas de tortura, abuso e maltrato", e exigiram a libertação de todos de forma imediata e incondicional.
Fonte: Prensa Latina