Dilma: Continuar não é repetir. É seguir em frente e avançar
Por Julieta Palmeira*
Desenvolta na entrevista coletiva concedida à imprensa , no domingo ( 27/6), no Centro de Convenções , em Salvador, antes do inicio do ato conjunto dos sete partidos –PT, PSB,PCdoB, PP, PDT, PRB e PSL- em apoio à candidatura de Wagner para governador, Dilma Rousseff disse que não há contradição entre continuidade e seguir em frente, avançar.
Publicado 28/06/2010 21:46 | Editado 04/03/2020 16:20
Questionada pela imprensa baiana sobre o seu futuro governo e os ataques de submissão à Lula disparados por alguns setores da mídia nacional, Dilma foi enfática. Segundo a presidenciável, caso seja eleita, o seu governo não será idêntico ao do presidente Lula. “Continuar não é repetir. É seguir em frente e avançar”, declarou ao afirmar que não é subserviente ao seu companheiro de partido que ocupa a Presidência da República. “Já fui acusada de ser dura demais e agora do oposto, de ser frágil. Sou igualzinha a qualquer mulher: podemos ser quem nós quisermos”, complementou.
De fato, as declarações de Dilma reafirmam suas idéias sobre a continuidade do projeto político vitorioso nas duas últimas eleições para Presidência da República que não se encerra com a saída de Lula do governo. Elas se reportam ao ponto crucial nessas eleições, a disputa entre dois campos políticos antagônicos. De um lado, o campo político que tem levado à frente o crescimento econômico e a melhoria da vida dos brasileiros e brasileiras e de outro as forças políticas que sustentaram o governo neoliberal de FHC que levou o Brasil à estagnação.
Dilma revela compromisso com a continuidade do projeto e descortina a perspectiva de avançar o caminho do desenvolvimento brasileiro. Participante do governo e com compromisso com essas idéias é quem mais tem condições de levar adiante as conquistas obtidas pelo povo brasileiro. Isso é o que parte da mídia tenta esconder.
Quanto à tentativa de passar a idéia de subserviência, de fragilidade feminina tudo indica será mal sucedida. A maioria da população brasileira vê com bons olhos a sintonia de Dilma com Lula como revela o crescimento nas pesquisas da presidenciável.
O fato de ser uma mulher que estará à frente do projeto impulsiona também um fator ainda não dimensionado nessas eleições, a perspectiva de pela primeira vez se eleger uma mulher presidente do Brasil comprometida com o desenvolvimento com progresso social, valorização do trabalho, ampliação da democracia e afirmação da soberania nacional.
Julieta Palmeira é secretária de Comunicação do PCdoB-BA