Dia repleto de atividades apenas inicia comemoração das mulheres
Após várias atividades realizadas durante todo o dia por inúmeras organizações do movimento feminista, as militantes da União Brasileira de Mulheres (UBM) soaram o apito final das celebrações do Dia Internacional da Mulher com palestra realizada em escola pública. As atividades com a temática de 100 anos do 8 de março, no entanto, seguem até o fim da semana.
Publicado 08/03/2010 21:34 | Editado 04/03/2020 16:12

Segundo ela, o movimento da causa das mulheres conseguiu corresponder às expectativas geradas pela data. “O 8 de março é o dia em que as mulheres mais buscam informações sobre suas problemáticas e sobre os serviços que estão à disposição de suprir suas necessidades. E esse conjunto de atividades conseguiu, de certa forma, dá conta disso”, destacou.
Depois do ato político na esquina das avenidas Eduardo Ribeiro e 7 de setembro, pela manhã, mais de dez entidades e organizações que protagonizam a luta pelos direitos da mulher seguiram até a Praça do Congresso onde montaram suas tendas. Nesse espaço criaram uma verdadeira feira da cidadania disponibilizando serviços diversos.
Distribuição de materiais publicitários dos trabalhos realizados pelas entidades, doação de revistas, campanhas de combate às doenças sexualmente transmissíveis, entrega de preservativos, corte de cabelo, manicure, campanha instrucional sobre aleitamento materno e vários outros serviços foram oferecidos às milhares de pessoas que, durante o dia inteiro, passaram pela praça.
Palestras no Instituto de Educação do Amazonas (IEA) e na Escola Superior de Tecnologia da Universidade Estadual do Amazonas (EST-UEA), com os temas “100 anos do 8 de março – Luta pela Emancipação da Mulher” e “Direitos da Mulher”, respectivamente, foram realizadas na parte da tarde. Sendo que pela manhã a deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) já tinha agraciado os trabalhadores da Petrobrás com uma bela exposição sobre o assunto.
Pela parte da noite, a própria coordenadora da UBM ministrou palestra na escola estadual Márcio Nery.
Estatuto da Mulher encenado em praça pública
Estudantes e trabalhadores que diariamente trafegam pela praça do Congresso após o encerramento de seus expedientes profissionais e acadêmicos tiveram uma grata surpresa no fim dessa tarde.
Os que por ali passaram não deixaram de conferir o inusitado espetáculo teatral encenado no meio da praça. Dezenas de pessoas improvisaram platéia para os números exibidos pela coordenadora do Circuito Universitário de Cultura e Arte do Amazonas (CUCA-AM) Beatriz Calheiro, pela presidente da União Estadual dos Estudantes do Amazonas (UEE-AM) Maria das Neves, pelo estudante secundarista Vanderlei Oliveira e pelo ator Luíz Cardoso.
De caras pintadas e sob um figurino improvisado, eles encenaram passagens recorrentes do cotidiano em que o Estatuto da Mulher resguarda o direito das mulheres, além de cenas cômicas e que também são particulares do dia-a-dia delas.
Atividades durante toda a semana
A grande quantidade de atividades realizadas representam, segundo a coordenadora estadual da UBM, apenas o início da comemoração do primeiro século de lutas do movimento feminista.
Amanhã (09), as secretarias de Estado de Produção Rural (Sepror) e Assistência Social (Seas) promoverão o I Encontro de Mulheres Rurais.
Na ocasião, a UBM e o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher farão uma pesquisa para levantar dados sobre a violência contra a mulher do campo.
Após a concretização de outros itens contidos no calendário de atividades, as entidades que participam do Conselho se organizarão em ato público de encerramento previsto para ocorrer no mesmo local do que abriu as comemorações.
De Manaus,
Anderson Bahia