Sem categoria

Crise sem fim: Pai do "lulômetro" é suspeito de atacar a Grécia

Pai do "lulômetro", banco é acusado de maquiar dívida na Grécia com derivativos. Cerca de oito anos após criar o "lulômetro", para especular com a cotação do dólar durante a primeira eleição do presidente Lula, o Goldman Sachs está prestes a virar o "goldmetro".

Em audiência no Senado, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Ben Bernanke, anunciou que o Fed investiga o papel do Goldman e de outros bancos dos EUA na Grécia, que usaram derivativos para maquiar a dívida do país.

Já o brasileiro Paulo Nogueira Batista Júnior, representante do Brasil no FMI, voltou a afirmar que a crise abalou as doutrinas econômicas tradicionais do fundo, como metas muito baixas para inflação e liberdade de fluxo de capitais.

O cientista social Theotônio dos Santos, do Conselho Editorial do MM, considera agências de classificação de risco e bancos como o Goldman Sachs "pseudosérios". E avalia que a mudança no FMI pode ser fruto da maior influência da China.

"Mas o próprio governo norte-americano está preocupado com a queda generalizada da economia e com o desemprego. São 16 milhões de desempregados, nos últimos dois anos. Além disso, não há nenhuma ameaça inflacionária no mundo. Quem fala nisso quer apenas aumentar juros para justificar seus lucros", apontou, acrescentando que o aumento da produtividade e a competição da China e de outros países asiáticos está tirando parte do poder dos monopólios para impor seus preços.

Mesmo com o ataque especulativo ao euro, Santos avalia que a moeda européia será referência ao lado do dólar e do emergente iuan. "Quem aparece como fenômeno é o iuan chinês, que já é moeda de grande circulação na Ásia. Como estão investindo na África e na América Latina, é provável que daqui a uma década seja tão aceito quanto o dólar e o euro", disse.

As informações são do Monitor Mercantil