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Haiti: Um exemplo cruel da ação do imperialismo

Haiti

O terremoto que destruiu Porto Príncipe, capital do Haiti, em 12 de janeiro de 2010, com dezenas de milhares de mortos e um número de desabrigados (e despojados de tudo) que passa dos milhões, foi um desastre natural agravado pelas chagas sociais provocadas pelo imperialismo.

O Haiti sofreu, no século XX, várias intervenções diretas dos EUA: ocupação militar desde 1915, apoio à ditadura de Papa Doc e seu filho Baby Doc, de 1957 a 1986, e depois as reformas neoliberais impostas pelo FMI, Banco Mundial e governo dos EUA.

Assim foi desenhado o cenário da catástrofe: empobrecimento e precarização das condições de vida do povo que, hoje, tem cerca de 80% vivendo abaixo da linha da pobreza. Prometeram empregos que nunca vieram, promoveram mudanças no campo que arruinaram os pequenos agricultores, provocaram o êxodo rural que inflou de favelas a periferia da capital. O resultado: a pobreza extrema, expressa no PIB per capita de apenas 400 dólares anuais e o 146º lugar (um dos últimos) no IDH da ONU. E, agora, numa disputa aberta de poder, o governo de Washington faz de tudo para abocanhar o controle da ilha. O que ocorre no Haiti é o exemplo cruel da ação do imperialismo e de seus objetivos militaristas e agressivos contra os povos.