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Coroa holandesa intervém em crise política

A rainha Beatriz da Holanda tentou chegar a um acordo político após a queda, no último fim de semana, do governo do premiê direitista Jan Peter Balkenende, ocasionado por disputas internas sobre a permanências das tropas do país na ocupação do Afeganistão.

A rainha, que deverá aceitar a renúncia do gabinete democrata-cristão, realizará uma rodada de contatos com os líderes de todas as forças políticas para decidir os passos a seguir diante do conflito.

No último sábado, o executivo liderado por Balkenende abandonou a coalizão governamental por discordar sobre a necessidade de prorrogar a retirada dos militares holandeses, pedido que foi reiterado por um porta-voz do Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan) mesmo depois de revelada a crise política.

Aceitando a rainha a demissão do gabinete de Balkenende, o governo ficará nas mãos de uma minoria formada por democratas-cristãos e a União Cristã, o que provocará o anúncio da antecipação das eleições nos Países Baixos para dentro de três meses, revelou a emissora Radio Netherland em sua página na internet.

O premiê holandês comunicou à rainha a queda de seu quarto governo de coalizão, formado em 22 de fevereiro de 2007 e integrado pelos partidos Democrata Cristão (CDA), União Cristã e Partido Trabalhista (do Trabalho, Pvda).

Até então, diz a Radio Netherland – os ministros dos partidos que permanecem no governo ocuparão as pastas vacantes após a saída dos trabalhistas, que defendem encurtar a presença militar do país no Afeganistão.

Em contraste, democratas cristãos e calvinistas insistem em cumprir com o que chamam de "responsabilidades" solicitadas pelo pacto militar e autorizar a ampliação das suas tropas ocupantes no país asiático.

Os Países Baixos mantém acantonados no Afeganistão 2 160 militares desde 2003 na província sulista de Uruzgán, como parte da Força Internacional de Assistência à Segurança, nome fantasia para as tropas de ocupação do Pacto Militar do Atlântico Norte.

O conflito entre as forças políticas pode resultar na retirada dos militares holandeses a partir de agosto deste ano, como estabelece uma decisão adotada em fins de 2007, segundo a qual a Holanda ampliava por mais dois anos sua estadia no país asiático.

Com informações da Prensa Latina