Militares da Bolívia recuam e abrirão arquivo da ditadura dia 26 

O comandante em chefe das Forças Armadas. general Ramiro de la Fuente Bloch, disse que os documentos seriam entregues ao procurador Milton Mendoza. Horas antes, contudo, em uma coletiva de imprensa, Mendoza havia contado que de la Fuente rejeitou abrir os arquivos, alegando que eles deveriam ser entregues a um juiz e não a um procurador.

Mendoza também acusou Bloch de interferir na investigação, posto que um juiz havia ordenado o fornecimento das informações. Apesar da polêmica, o chefe militar disse agora que iria facilitar o acesso do procurador aos arquivos para evitar "mal entendidos" e, desta maneira, tornar possível prosseguir com a investigação sobre o regime de Meza.

Os documentos que Mendoza requer são relacionados à lista das fileiras das Forças Armadas nos meses de julho e agosto de 1980. Bloch reiterou a necessidade de seguir os procedimentos descritos na Lei Orgânica das Forças Armadas, que mencionaria que as informações sobre a lista dos indivíduos da corporação podem ser liberadas por ordem judicial, mas devem ser mantidas em reserva.

O Chefe militar também agregou que os arquivos são numerosos e devem ser ordenados, o que implicaria tempo, razão pela qual a documentação ainda será organizada para, só em seguida ,ser entregue ao propcurador em 26 de fevereiro.

O ministro da Defesa, Ruben Saavedra, comentou em declarações na terça passada, que tanto a sua pasta quanto as próprias Forças Armadas respeitavam a constituição e, por isso, procederiam segundo o que ela dita.

O propósito principal da investigação é esclarecer o desaparecimento de vários bolivianos durante o governo de fato de García Meza, entre os quais se encontram cidadãos destacados, como o escritor Quiroga Santa Cruz.

Com Telesur

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