PCdoB quer maior ação militante em campanha contra bases dos EUA
Como partido internacionalista e defensor da paz contra a guerra imperialista, o PCdoB tem apoiado ações ligadas a essas causas mundo afora. Entre elas a campanha “América Latina e Caribe: uma região de paz”, contra as bases militares estrangeiras. “Precisamos do envolvimento de toda nossa militância por todo país”, disse Ricardo Abreu (Alemão), novo secretário de Relações Internacionais do partido.
Publicado 11/02/2010 18:47
A campanha, lançada no Brasil pelo Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) durante o Fórum Social Mundial de Porto Alegre, em janeiro, já conseguiu a adesão de 70 organizações e redes dos movimentos sociais de dentro e de fora do país e conta com o apoio internacional do Conselho Mundial da Paz, dirigido pela brasileira Socorro Gomes.
Como forma de apoiar essa ação, o PCdoB está se esforçando para fazer com que seus militantes e dirigentes atuantes em movimentos sociais também se engajem. “O PCdoB, no que diz respeito às ações internacionais, não atua apenas nas relações políticas com partidos comunistas, antiimperialistas e democráticos, mas também se relaciona com movimentos populares”, diz Alemão. Segundo ele, “tentamos também impulsionar os movimentos de solidariedade internacional ligados a diversas causas, como, por exemplo, essa das bases estrangeiras ou a da palestina”.
Foi com essa perspectiva que o PCdoB participou, há cinco anos, da criação do Cebrapaz, entidade autônoma e apartidária, “mas que nasceu para organizar e impulsionar ações dos movimentos de solidariedade aos povos pela paz e contra a guerra imperialista”, explica o dirigente.
Conforme destaca Alemão, no âmbito partidário “as relações internacionais cabem ao Comitê Central do PCdoB, mas os comitês estaduais e municipais bem como nossas organizações de base podem ajudar a mobilizar a militância em prol dessa luta. Por isso, estamos orientando as direções locais a divulgar a campanha buscando adesão estadual”.
Para Alemão, “o importante é todos os comunistas participarem para que a campanha tenha nos estados a amplitude de adesão que tem tido de dezenas de entidades em nível nacional”.
Assim, o PCdoB deverá estar junto também em atividades ligadas à campanha realizadas pelo país. Do ponto de vista nacional, o partido tem procurado divulgar tal ação para partidos comunistas, operários, democráticos e populares e vai fazer o mesmo durante reunião preparatória do Fórum de São Paulo, em março, no México. “Vamos pedir a adesão das organizações presentes”, colocou Alemão.
Campanha
Apesar do pouco tempo, a campanha tem ganhado cada vez mais adesões. Até o momento, cerca de 70 entidades fazem parte dela. Entre elas, MST, o Encontro Sindical Nossa América, UNE, Ubes, Conam, CTB, Movimento dos Atingidos por Barragens, Via Campesina, CUT, Unegro, UBM, UJS, Marcha Mundial das Mulheres, Rede Social, Consulta Popular e Jubileu Sul Brasil.
A campanha “América Latina e Caribe: uma região de paz” destaca que hoje as cerca de mil bases estadunidenses espalhadas pelo mundo têm como objetivo “ameaçar, intimidar nações e povos que se oponham aos seus interesses e garantir o controle de fontes de energia, recursos naturais e o domínio de rotas e fluxos comerciais”.
Coloca ainda que tais ações resultam da “perda de influência e das mudanças políticas que têm ocorrido na América Latina e Caribe”, mudanças essas que levaram o continente a uma virada rumo à construção de um caminho próprio e autônomo. Por isso, a campanha prega que, “com o intuito de dar uma resposta desde as ruas à crescente militarização do continente e de nossas fronteiras”, os movimentos sociais decidiram “organizar e conformar uma ampla e massiva campanha que tenha por objetivo a defesa da transformação da América Latina e do Caribe em um Território Livre de Bases Militares Estrangeiras”.
Para saber mais sobre a campanha, acesse a página do Cebrapaz.
Da redação