Ato homenageia greve que parou BH há 30 anos

Um ato com a participação de mais de 50 pessoas na sede da Escola Popular Orocílio Martins Gonçalves lembrou, ontem, os 30 anos da greve na construção civil que parou Belo Horizonte, do dia 30 de julho a 3 de agosto de 1979, e provocou a morte do tratorista Orocílio Martins, aos 24 anos. O seu filho Douglas, à época com dois meses, hoje é tratorista em São Paulo.

A lembrança da greve que reuniu mais de 30 mil operários em passeata pelas ruas de BH, reivindicando melhores salários, é especial para quem a viveu, mas também serve de exemplo para os novos, afirmou ontem o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Osmir Venuto da Silva, que participou do movimento. “Era segunda-feira. Ele (Orocílio) foi derrubado no segundo combate na Praça da Estação. A gente procurava proteção e a encontramos no Campo do Atlético que estava em obras. Ali, estava nossa defesa. Tinha pau, pedra, tudo para nos defender. Belo Horizonte tremeu com a greve feita durante o regime militar. É um exemplo para os trabalhadores do Brasil”, afirmou.

Nas paredes do salão, um acervo de 170 fotos do movimento grevista cedido pelo Museu Abílio Barreto, contam parte desta histórica greve. O ato encerrou a série de atividades comemorativas.