Em trégua, sindicatos peruanos pedem abertura de diálogo

O sindicato que representa 300 mil professores da rede pública de ensino, em greve há doze dias, pediu nesta terça-feira (17) a abertura de negociações com o governo. Camponeses da região de Apurímac concederam uma trégua de 48 horas para que uma comissão

O Sindicato Único de Trabalhadores da Educação Peruana (SUTEP) formalizou hoje um pedido para negociar com o governo aspectos vinculados à Lei de Carreira Pública Magisterial, informou o presidente do Conselho de Ministros, Jorge Del Castillo, após quase duas semanas de greve.



Luis Muñoz, chefe de gabinete, declarou à CPN Radio que o pedido foi formalizado por meio de uma nota assinada pelo secretário geral do sindicato docente, e garantiu a disposição do governo em dialogar assim que suspensas as medidas de força.



Afirmou ainda que os dirigentes sindicais pediram a criação de um “espaço de esclarecimento e debate acerca da Lei de Carreira Pública Magisterial”.


 


Del Castillo garantiu que, assim que a paralisação for suspensa, será instalada uma mesa de diálogo, da qual participará também o ministro da Educação, José Antonio Chang.



O presidente da Frente de Defesa Regional de Apurímac, Braulio Lazo, anunciou que a partir de hoje milhares de camponeses darão “uma trégua” de 48 horas ao governo para que uma comissão qualificada vá até a região e apresente soluções para suas demandas, entre elas, construção de obras de infra-estrutura e vias de comunicação.



Em Apurímac, um dirigente morreu e 30 pessoas ficaram feridas ontem quando a polícia desbloqueva vias públicas.



Dirigentes das mobilizações em Arequipa, cuja capital homônima é a segunda cidade mais importante do país, avaliavam a possibilidade de também conceder uma trégua ao governo de Alan García, prestes a completar o primeiro ano de seu segundo mandato no país andino.