Prefeito da Capital, Dário Berger (PSDB), enfrenta CPI e isolamento 

Sob ameaças de virar alvo de uma comissão processante (que pode afastá-lo do cargo) o prefeito de Florianópolis Dário Berger (PSDB) não tem apenas os documentos levantados pela Polícia Federal contra si. Além de ter que se defender de denúncias de favorec

No cenário atual, Dário tem rixas graves com o casal Esperidião e Angela Amin, a senadora Ideli Salvatti, petistas, comunistas e peemedebistas da Capital, além da cúpula do ex-PFL, antigos correligionários do ex-prefeito em São José. ''Na época que ele saiu do partido houve uma debandada geral de lideranças. Isso mexeu com a legenda em São José. De lá para cá não houve nenhuma aproximação entre os lados'', disse César Souza Júnior (DEM), integrante da direção do novo PFL.


 


 


O PCdoB, na linha de frente de oposição ao prefeito da capital, está atento ao cenário político. A vereadora Angela Albino, líder da bancada do Partido na Câmara de Vereadores e presidenta da Comissão de Constituição e Justiça, destaca que os novos fatos revelados pela Polícia Federal explicam a inércia do prefeito com relação às denúncias que recaem sobre seu governo.


 


 


Nem mesmo as providências tomadas pela Câmara, determinando a perda do mandato dos vereadores acusados, animaram Dário Berger a instaurar inquérito para investigar as denúncias que atingiam a sua administração. “A câmara deu uma demonstração inequívoca de que um novo tempo se aproxima. De que as velhas práticas não encontram mais lugar. É momento da sociedade pensar se deseja a permanência do prefeito Dário Berger à frente do executivo”, analisa a líder do PCdoB.



 


 


O isolamento de Dário não se resume apenas na distância mantida pelos adversários. Dentro do próprio ninho tucano há sérias divergências. O presidente estadual do PSDB, Dalírio Beber, não engoliu até hoje a vontade pública do prefeito de sair do partido. ''A filiação é um ato de vontade. Dário Berger não tem mais participado das atividades político-partidárias'', disparou Dalírio, deixando a entender que não tem mais responsabilidade em defender o correligionário.



 


 


Vereador e deputado fazem parte da ''tropa de choque''


 


 


Líder de governo na Câmara da Capital, o vereador Deglaber Goulart (PSDB) trabalha na defesa do prefeito Dário Berger. E pode esquentar ainda mais a briga política da cidade. Ele é o relator da CPI da Moeda Verde e já antecipou a vontade de chamar a ex-prefeita Angela Amin (PP) para depor.



 


 


PSDB dá ultimato a Dário Berger



 


A repercussão nacional das gravações telefônicas em que o prefeito articula a aprovação da chamada Lei dos Hotéis enfraqueceu ainda mais a relação entre Berger e as cúpulas estadual e nacional do partido. Mas o desgaste começou no início do ano, quando o prefeito admitiu publicamente que estudava uma troca de sigla.


 


 


O episódio culminou com a desfiliação do irmão do prefeito, o deputado federal Djalma Berger (PSB), em fevereiro. Na época, Dário Berger admitiu um ''namoro'' com o partido escolhido pelo irmão e convites do PMDB, mas permaneceu no ninho tucano.