Fazer Solidário viabiliza vendas para pequenos produtores locais
Há um mês, moradores das comunidades do Antônio Bezerra e Jardim União, em Fortaleza (CE), ganharam mais uma opção para as suas compras. Duas lojas recém-inauguradas estão levando novidades para o bairro e dando oportunidade para cerca de 100 pequenos pro
Publicado 16/07/2007 13:45 | Editado 04/03/2020 16:37
Integrantes do projeto Fazer Solidário, do Grupo de Apoio às Comunidades Carentes (GAAC), as lojas são uns dos pontos de escoamento da produção dos pequenos produtores locais que, com a ajuda do GAAC, estão conseguindo fazer da sua arte uma melhoria de renda para a família. De acordo com o coordenador do setor de formação profissionalizante do GAAC, Rocha Assunção, algumas famílias já conseguiram aumentar em 60% a sua renda.
Segundo Rocha, antes do projeto ser implementado, a renda de produtores que trabalhavam com farmácia-viva era de apenas 80 reais. Hoje, esse número já chega a dobrar. Ele explica ainda que, além da melhoria financeira, o projeto trouxe aos produtores (na sua maioria mulheres) o resgate da auto-estima e a valorização do trabalho. “Conseguimos estimular muitas mulheres que tinham talento, mas não tinham oportunidade”, ressalta.
Em funcionamento desde o ano passado, o projeto deu apoio e ampliou grupos produtivos que já existiam nos bairros. Hoje, já são 10 grupos (cinco em cada bairro) que se dividem entre as atividades de serigrafia, corte e costura, artes-gráficas, artesanato, farmácia-viva e produção de lanches.
Há mais de um ano na Associação de Produtoras do Antônio Bezerra (Aprob), Cleide Alves conta que a loja Uniarte Empreendimento Solidário já virou ponto de compra para os moradores do bairro. Segundo ela, a procura é grande por conta das novidades que a loja traz para a comunidade. “Os produtos de fábrica não têm o carinho do nosso”, brinca. A variedade e os preços baixos também são um grande atrativo para os compradores. Produtos como sabonetes, bijuterias, blusas, tapetes e kits para banho podem ser encontrados nas lojas, com preços que variam de R$ 1 a R$ 35.
Para a melhoria dos empreendimentos, o projeto oferta aos produtores cursos profissionalizantes, oficinas de economia solidária, empreendedorismo e planos de negócio, além de financiar cerca de R$ 500 mensais para a compra da matéria-prima dos produtos. A realização de feiras itinerantes de economia solidária no final de cada mês também serve como ponto de venda da produção e abre portas para novas encomendas.
Fonte: Adital