Dia 12/7, a tragédia da Linha 4-Amarela completa seis meses

Até agora o governo do Estado, Metrô e consórcio Via Amarela não deram as devidas explicações para a população

Por mais que, em março, a imprensa tenha noticiado que o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) condenou as obras da futura estação Pinheiros da Linha 4 – Amarela, tendo como base um laudo feito por uma empresa contratada pelo próprio consórcio Via Amarela, ninguém teve acesso ao seu conteúdo.


 


Os vizinhos da futura estação Pinheiros têm que aceitar sua indenização e voltar para suas casas sem saber o que está ocorrendo embaixo de seus pés? E o restante da população, tem que agir do mesmo jeito?


 


Estas são perguntas que não calam e o Sindicato dos Metroviários de SP continuará em busca das respostas.


 


Além de reivindicar a participação do corpo técnico do Metrô no acompanhamento do projeto e fiscalização das obras, bem como que a operação da Linha 4 não seja privatizada, o Sindicato dos Metroviários de SP exige que o governo do Estado, o Metrô e o consórcio Via Amarela dêem as devidas satisfações aos cidadãos que foram prejudicados pela tragédia ocorrida no dia 12/1, bem como sobre as medidas que serão tomadas para evitar outros acidentes.


 


Privatização com dinheiro do povo


 


No dia 19/3, o governador Serra encaminhou à Alesp pedido de autorização para contrair um empréstimo de US$ 450 milhões no exterior, em caráter de urgência, para terminar a privatização da Linha 4.


 


Com isso, mais os pedidos das empreiteiras de US$ 90 milhões para cobrir os custos com a obra que o governo dizia ter preço fechado, o estado de SP investirá acima de US$ 1.500 bilhão, contra apenas US$ 340 milhões do capital privado.


 


Isso significa mais de 85% do total necessário para colocar a Linha 4 em funcionamento, sendo que o concessionário ficará com toda a arrecadação do Metrô por 30 anos e a população é que pagará com uma tarifa excessivamente cara.


 


Da assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metroviários