Construção civil receberá R$ 466 bi até 2011, diz BNDES
O setor da construção civil residencial vai liderar o ranking dos investimentos no Brasil, com praticamente metade do total nos próximos quatro anos, revela um estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento e Social (BNDES).
Publicado 07/07/2007 17:16
Do total de R$ 1 trilhão de investimentos programados em 16 setores da economia, R$ 466 bilhões serão destinados à construção de moradias, segundo o levantamento “Perspectivas de Investimentos 2007/2011” do BNDES.
A estabilização da economia brasileira, o maior volume de crédito imobiliário, com a redução das taxas de juros, e a grande falta de moradias são fatores favoráveis ao crescimento do setor da construção civil.
De acordo com o estudo, o Brasil precisa reduzir o seu déficit habitacional, estimado em cerca de 8 milhões de moradias, principalmente nas classes com menor poder de compra.
Depois da construção civil, o setor que mais receberá investimentos será o industrial, com R$ 378,4 bilhões e o de infra-estrutura, com R$ 197,5 bilhões. O estudo informa ainda que os investimentos industriais estarão concentrados no setor de extração, como petróleo, gás e mineração.
Setores como siderurgia, papel e celulose deverão investir cerca de R$ 75,2 bilhões, enquanto áreas mais ligadas ao consumidor final, como a automobilística, eletrônica e farmacêutica, ficam com R$ 49,2 bilhões.
No setor de infra-estrutura, a maior parte dos investimentos identificados pelo estudo serão direcionados à produção de energia elétrica, seguida por telecomunicações, saneamento, portos e estradas de ferros.
O setor de biocombustíveis, principalmente a produção de etanol, receberá investimentos de R$ 277,3 bilhões, com a perspectiva de crescimento do mercado mundial.
O estudo ressalta que o Brasil é o maior produtor de etanol, responsável por cerca de 36% da produção mundial, com os menores custos de produção, em relação a Estados Unidos e Europa.