Conselho de Ética pede novos documentos a Renan e ao PSOL
O presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), e os relatores do processo movido pelo PSOL contra Renan Calheiros, presidente da Casa, Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES) esperam até o dia
Publicado 05/07/2007 18:49
O senador Almeida Lima (PMDB-SE), que também é relator da matéria, viajou para seu estado na quarta-feira, dia 4, para tratar de uma crise renal e de pressão alta que sofreu, e foi representado na reunião por seu chefe de gabinete, Luís Fernando Leite dos Santos. Durante a reunião foi realizado o saneamento do processo, que não tem mais vícios.
O Conselho de Ética do Senado vai fazer um levantamento da evolução patrimonial do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) entre os anos de 2002 e 2006 para comparar com a execução de obras da empreiteira Mendes Júnior com recursos do Orçamento, no mesmo período. As investigações sobre o presidente do Senado serão aprofundadas e Quintanilha e os relatores solicitaram ao diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, agilidade na perícia dos documentos encaminhados pela defesa de Renan. Segundo Lacerda, a partir do momento em que receber “toda a documentação necessária” referente ao presidente do Senado, a Polícia Federal poderá fazer uma perícia completa nesses papéis em um prazo de 20 dias.
Quintanilha afirmou que um possível depoimento de Renan será discutido somente depois da conclusão da perícia. “O depoimento será em um segundo momento. O conselho vai deixar o representado se manifestar”, afirmou. O presidente Renan poderá manifestar-se pessoalmente ou por intermédio de outra pessoa.
Para conclusão das investigações, ressaltou Quintanilha, os peritos terão o prazo necessário. Cabe aos líderes do Senado decidir sobre a possibilidade de o conselho trabalhar durante o recesso parlamentar.
De Brasília,
Carlos Pompe