Morre o comunista e líder sindical Wilson Furtado
O militante do PCdoB, Wilson Furtado, morreu no dia 2/7, no município baiano de Correntina, de complicações relacionadas à doença de Alzheimer. O deputado estadual Edson Pimenta (PCdoB/BA), em nome do PCdoB, fez pronunciamento nesta terça-feira (3/7) na A
Publicado 04/07/2007 01:21 | Editado 04/03/2020 16:21
Wilson nasceu no município paulista de Queluz, foi trabalhador da construção civil e na década de 50 participou ativamente de várias greves. Ingressou no PCdoB em São Paulo, onde atuou em diversos movimentos políticos e sindicais até 1964. Em sua luta de resistência à ditadura militar brasileira, como militante do PCdoB, ele viveu alguns anos na clandestinidade.
Durante o regime militar, Wilson Furtado foi preso e posteriormente exilado político na Tchecoslováquia. Ao voltar do exílio, após a anistia de 1979, Wilson foi designado para atuar na organização das frentes camponesas no oeste da Bahia, instalando-se em Correntina.
Sua primeira ação na região Oeste foi a fundação do jornal “A Foice”. Publicação mensal que informava e organizava os camponeses para a luta sindical e em defesa dos agricultores familiares. Em janeiro de 1980, fundou o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Correntina.
Além de diversos mandatos no STR de Correntina, foi secretário geral da Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetag), seção Bahia, membro do Comitê Estadual do PCdoB, membro do Conselho Estadual do Meio Ambiente no período de 1996 a 1998.
Wilson Furtado teve importante participação na reestruturação da Fetag-BA e como diretor no período de 1998 e 2002, contribuiu para que a entidade desenvolvesse relevantes programas de inclusão social para os trabalhadores, além de ter participação decisiva na organização dos sindicatos de trabalhadores rurais em vários municípios, tornando a Fetag/BA uma entidade forte e representativa.
Nos últimos anos retornou para Correntina em função da doença.