Ministro japonês leva bronca por justificar bombardeio atômico
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, repreendeu nesta segunda-feira (2) seu ministro de defesa, Fumio Kyuma, por suas frases tentando justificar os bombardeios atômicos sobre Hiroshima e Nagasaki na Segunda Guerra Mundial por parte dos Estados Unidos.
Publicado 02/07/2007 11:23
Embora tenha reiterado que não vai demitir o ministro, o chefe de governo o advertiu publicamente que de agora em diante “deverá ser mais cuidadoso com as palavras” e refletir sobre elas quando tenha de tratar de assuntos como o desarmamento nuclear.
À véspera das eleições para o parlamento, prevista para o fim de julho, as declarações do titular da pasta da Defesa, criticadas por todos os setores políticos menos pela extrema direita, significaram uma complicação a mais para o gabinete de Abe.
Fumio Kyuma disse no sábado que os ataques atômicos, que causaram centenas de milhares de vítimas, não poderiam ser evitados porque os EUA queriam uma rendição rápida do Japão, para evitar que a então União Soviética atacasse o país.
O ministro, após a celeuma, viu-se obrigado a pedir desculpas aos sobreviventes dos bombardeios e lamentou que suas palavras tenham sido “interpretadas” como uma “justificativa”.
Para tentar minimizar os danos perante o eleitorado, Shinzo Abe empregou um tom severo para criticar o seu ministro.
Com informações da Prensa Latina