CPI da Nossa Caixa continua engavetada
O Tribunal de Justiça de São Paulo nesta quarta-feira (27/6) não resolveu o impasse sobre a instalação de CPI da Nossa Caixa na Assembléia Legislativa na decisão que julgou os embargos declaratórios que pretendiam esclarecer pontos vagos do Acórdão.
Publicado 28/06/2007 18:05 | Editado 04/03/2020 17:19
A Bancada do PT, em maio, impetrou embargo declaratório, que buscava esclarecimentos da extensão do julgamento do Tribunal de Justiça, que determinou a imediata abertura da CPI.
“Vamos aguardar a publicação do acórdão do Tribunal de Justiça para tomarmos providências junto as instâncias superiores.“Queremos que se cumpra o determinado pelo Tribunal de Justiça anteriormente, ou seja, a instalação imediata desta CPI. Mas, novamente parece que os tucanos ganham tempo para adiar uma investigação sobre suspeitas de fraudes em seu governo. Enquanto isso, as denúncias contra a Nossa Caixa só aumentam”, afirmou o deputado Simão Pedro, líder da Bancada Petista.
O deputado Simão Pedro se refere as notícias, desta semana publicadas pela imprensa, que denunciam um esquema de corrupção envolvendo funcionários de bancos estaduais (incluindo a Nossa Caixa), a Asbace (Associação Nacional dos Bancos) e a ONG Caminhar.
O banco, também, foi envolvido no escândalo dos gastos com serviços de publicidade para aliados políticos do então governador Geraldo Alckmin, no período de março de 2002 a setembro de 2003. A CPI quer apurar o pagamento de R$ 43,8 milhões da Nossa Caixa às agências de publicidade, que operaram sem contrato durante 18 meses.
Durante o governo Alckmin, quando foram protocolados 70 pedidos de CPIs, manobras regimentais operadas pela base governista impediram a instalação de qualquer comissão, bloqueando a capacidade de fiscalização dos partidos minoritários. Agora, na nova legislatura já são 15 pedidos e as manobras continuam.
Outra denúncia que envolve o atual governo dos tucanos é o fato de colocar em risco o patrimônio da Nossa Caixa. Em março/07, o banco pagou aos cofres do Estado R$ 2, 084 bilhões para manter as contas de 1.061 milhão de servidores públicos estaduais pelo período de cinco anos.
Fonte: www.ptalesp.org.br