Ousadia exige planejamento e urgência nas ações

A realização dos objetivos na atual fase pressupõe estabelecer metas e indicadores concretos em cada município o que deve ser precedido do controle do que se possui e dos instrumentos que se tem a disposição para avançar.

Marx, ao contrapor Hegel e os idealistas, explicava que não era a idéia que determinava o ser, mas sim a existência que determinava a idéia. Cabe, portanto, destacar que uma intenção não gera necessariamente um fato, se não tem conexão com uma realidade objetiva da qual possa surgir e se não age sobre esta.


 


A política da ousadia desenvolvida pelo Partido não é compreendida pelo entendimento abstrato do que ela significa, da sua coerência intrínseca e com a realidade política nacional. Em termos marxistas compreender a linha estabelecida é agir no sentido de sua consecução a partir das suas referências teóricas, ou seja, é partir para a ação com base na política da Ousadia.


 


Sem nos determos nos aspectos mais essenciais da política, e da organização partidária necessária à mesma, já explicitadas nos documentos oficiais, bem como nos artigos dos camaradas Renato Rabelo e Walter Sorrentino, cabe frisar alguns pontos importantes para a atividade do Partido no RS até o final de outubro, quando deverão ocorrer as conferências municipais,(a Conferência Estadual estando pré-agendada para 09, 10 e 11 de novembro).


 


Três objetivos marcam a compreensão real da Ousadia:


 


* A conquista de lideranças eleitorais e sociais com vistas ao reforço das chapas partidárias majoritárias e proporcionais em 2008;


 


* A realização de Conferências com um número de filiados muito superior às de 2005 e a ampliação do número de conferências municipais no RS;


 


* Ampliar o número de militantes, conforme definição do Estatuto, o que implica em pertencer a algum organismo de base e possuir a carteira militante.


 


A realização destes objetivos pressupõe estabelecer metas e indicadores concretos em cada município o que deve ser precedido do controle do que se possui e dos instrumentos que se tem a disposição para avançar. Não haverá êxito na buscas dos objetivos traçados se, desde já, os CMs não estabelecerem as metas e quantificarem as mesmas. Em que segmentos, de que forma, quais e quantos filiados e novas lideranças vai se conquistar?; quantos filiados, e de que forma, poderão ser mobilizados para participar do processo de conferência?, como e quantos filiados serão contatados para adquirir a carteira militante?


 


A imediata resposta a estas questões permite planejar a ação e criar condições para estabelecer – se metas e indicadores estaduais, bem como detectar e retificar deficiências.


 


Portanto, se trata de dar conseqüência organizativa a um esforço que o Partido no RS já vem realizando com êxito na esfera da sua projeção política. Mãos-a-obra!


                                                      


Daniel V. Sebastiani.
Secretário de Organização do PCdoB/RS.