Greve no Hospital das Clínicas reduz internação e cirurgia
Além de atrasar a matrícula de calouros na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a greve nacional dos servidores administrativos das instituições federais começa a afetar o atendimento à saúde na capital. A assessoria do Hospital das Clínicas in
Publicado 20/06/2007 14:49 | Editado 04/03/2020 16:52
“O atendimento está sendo diminuído aos poucos e a intenção é paralisar 50% das atividades. Os servidores que atuam em áreas ligadas aos setores de urgência e emergência também vão parar parcialmente, mas o atendimento será feito. A greve vai continuar por tempo indeterminado”, informou Balbino Cosme de Siqueira, coordenador de assuntos jurídicos do Sindicato dos Trabalhadores da Instituições Federais de Belo Horizonte (Sindifes/BH).
Segundo ele, apenas a metade dos funcionários do hospital são terceirizados e não dão contam de despachar documentos necessários para o andamento normal da instituição. Só na UFMG, 4.600 servidores administrativos da ativa estão deixando de trabalhar. Siqueira informou que uma comissão formada por servidores administrativos das instituições federais irá se reunir hoje com representantes do governo.
A categoria pede aumento no piso salarial e um percentual de 5% no pagamento a cada dois anos. Eles querem que o piso mínimo na universidade, que é de R$ 601, chegue a três salários-mínimos e que o piso para servidores com nível superior, que é de R$ 900, chegue a dez salários. atualmente, o teto salarial máximo de um servidor, no final de carreira, é de R$ 2.600, segundo informou Siqueira.
“O governo coloca que nossa greve é legítima, mas diz que não tem dinheiro para dar o aumento que pedimos. Alega que o orçamento da União para este ano já foi fechado e que novos recursos só em 2008. Uma mesa técnica vai se reunir para definir novas propostas”, disse. A greve nacional dos servidores administrativos foi iniciada no dia 28 de maio e, segundo Siqueira, foi desencadeada pelo não cumprimento das promessas feitas ano passado pelo governo federal.
Fonte: Jornal O Tempo