7º Congresso de Metalúrgicos aprova plataforma de lutas

O congresso deu um passo decisivo para a unidade dos metalúrgicos do Brasil. O grande destaque foi à atuação dos da Corrente Sindical Classista (CSC) que atuam na entidade desde 1992, quando da sua fundação. Os comunistas de forma organizada contribuíram para o debate com a sua tese específica tendo como norte orientador o socialismo no século 21.

Ainda é de destacar a participação de Altamiro Borges, painelista que dialogou com os congressistas, contribuindo para o debate sobre analise de conjuntura, nacional o governo Lula e a perspectiva de um novo Brasil com desenvolvimento e justiça social tendo como futuro para a humanidade o Socialismo.

Metalúrgicos nas ruas

O 7º congresso aprovou propostas de defesa dos direitos da categoria metalúrgica em todo o Brasil. Proposta que buscará unificar na luta de um milhão e 800 mil metalúrgicos (as), que são filiados a CNM, a Força Sindical (CNTM) e não organizados em centrais sindicais, tendo como objetivo especifico e imediato a Contratação Nacional Coletiva e na defesa do desenvolvimento, emprego, salário distribuição de renda e soberania nacional. A luta pela redução da jornada de trabalho, sem redução dos salários, para 40 horas semanais e para 33, 36 horas semanais para os trabalhadores de turno ininterrupto, a defesa da saúde e da vida tendo como eixo a organização no local do trabalho é o melhor remédio na prevenção do ambiente salubre.

A CSC, de forma atuante, também levou para discussão a democracia, a gestão participativa e a transparência na entidade que de forma unânime foi aprovada e assumida pela força majoritária, a Articulação Sindical (Artsind), assumindo assim, um novo modelo de ação cutista de governar.

Outras medidas aprovadas são uma Campanha Nacional em defesa da Unificação das datas-bases dos setores metalúrgicos para o mês de setembro. Hoje, as datas bases da categoria iniciam em janeiro e vão até dezembro. Com a unificação vamos fortalecer a nossa organização e o poder de negociação na defesa de mais e melhores direitos sociais e trabalhistas para toda a categoria junto aos patrões. “Vamos intensificar a nossa luta e não abriremos mãos do direito da realização de greves e paralisações em todos os setores para fazer valer os nossos direitos e conquistas”, disse Carlos Alberto Grana, reeleito presidente da CNM.

Grana reeleito

A nova direção da CNM/CUT foi aprovada por unanimidade dos 374 delegados e delegadas presentes no 7º Congresso. O metalúrgico do ABC paulista, Carlos Alberto Grana, foi reeleito presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT e conduzirá a entidade até 2010.

A eleição da nova diretoria, formada por chapa única com 35 membros tem grande participação da CSC. Participam da nova gestão os companheiros Roque Tarugo, vice-presidente, Eremi Fragoso, secretária de políticas sociais e Marcelo Toledo, secretaria geral. Na direção executiva estão os classistas Marcelino, presidente do Sindimetal de Betim/MG, Josiel Galvão de Souza, do Sindimetal/PE e Edilon Melo Queiroz, Sindmetal Manaus- AM.

Autonomia e independência

Grana assumiu o compromisso político junto aos congressistas que a CNM/CUT jamais abrirá mão da sua autonomia e independência, um dos princípios da CUT, e fará os elogios ao governo federal nas ações que forem positivas para a categoria e sociedade, como também não deixará de fazer as críticas necessárias.

O congresso aprovou que em agosto iremos realizar um ato nacional em frente ao ministério da Previdência, que é comandado pelo metalúrgico e ministro Luiz Marinho, e exigiremos o fim do fator previdenciário, que é uma medida que fere os direitos dos trabalhadores. Também fortalecemos as nossas ações para arquivar de uma vez só a absurda Emenda 3.

Veja letra da musica da campanha pela contratação nacional coletiva.

Metalúrgicos nas ruas pela contratação nacional coletiva

Autor: Roque Tarugo

Vamos nos unificar
Metalúrgicos nas ruas
Unidade pra lutar.

Eu falei é e, é pra valer
Metalúrgicos nas ruas
O Brasil vai crescer

Vamos nos unificar
A nossa vontade
A nossa dignidade
Unidos pra mudar

O nosso grito de guerra
Em um só brado
E união

Metalúrgicos unidos
Pela contratação
Com o grito de garra
Fazendo agitação

Eu falei é e, é pra valer
A contratação nacional
Dessa vez é pra valer

Somos mais de um milhão
Homens e mulheres fortes
Como aço
Sem temer nenhum patrão

Por Roque Tarugo,

de Guarulhos (SP)