Lula critica falta de acordo para aprovação da reforma política
Sem consenso em torno da proposta de reforma política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou hoje aqueles que não apóiam as mudanças porque defendem seus mandatos e partidos. Segundo o presidente, um dos principais erros cometidos é pensar de
Publicado 19/06/2007 18:54
A crítica de Lula foi feita durante a cerimônia de posse, no Palácio do Planalto, do filósofo Mangabeira Unger, que assumiu a Secretaria Especial de Planejamento Estratégico.
“É muito difícil conseguir a unidade sobre temas presentes, vide a reforma política, que está sendo discutida no Congresso Nacional. Por que não tem unidade?”, questionou Lula, ao lado do vice-presidente José Alencar, do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e de alguns políticos.
Em seguida, o presidente respondeu à própria indagação: “[A falta de unidade] não é apenas porque do ponto de vista filosófico as pessoas têm divergências. É porque as pessoas estão pensando no imediato. As pessoas estão pensando como ficará o seu partido nas próximas eleições e como ficará o meu mandato nas próximas eleições”.
Novo adiamento
Na Câmara, as negociações em torno da reforma política foram mais uma vez adiadas. A reunião de líderes partidários para discutir um acordo sobre a reforma, marcada para esta terça-feira (19), às 14h30, foi transferida para quarta-feira (20), às 11 horas, de acordo com informações da Secretaria-Geral da Mesa.
Na manhã desta terça-feira, líderes de vários partidos estiveram reunidos com um dos relatores da reforma política, deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), para discutir uma alternativa à lista partidária fechada prevista no Projeto de Lei 1210/07. A lista fechada provocou divergências entre os deputados na discussão da matéria, iniciada na semana passada, e acabou provocando o adiamento da votação da proposta.
Uma das opções em discussão é a possibilidade de o eleitor votar duas vezes para cada cargo (vereador, deputado estadual e deputado federal) nas eleições proporcionais. No primeiro voto, obrigatório, o eleitor escolheria apenas a legenda. Em outro, facultativo, o eleitor poderia votar em um candidato da lista do partido. A definição da lista de eleitos seria feita a partir da combinação entre a lista partidária e os candidatos escolhidos pelo eleitor.
Da redação,
com agências