Campinas adotará exemplo de Cuba
Publicamos, abaixo, trechos do texto da jornalista Maria Teresa Costa, publicado no jornal Correio Popular de segunda (18). A matéria informa que o modelo da cidade de Havana para revitalização de patrimônio histórico será utilizado na recuperação do Palá
Publicado 18/06/2007 15:44 | Editado 04/03/2020 17:19
A experiência da cidade de Havana na recuperação de seu patrimônio histórico, atividade que atualmente emprega 11 mil pessoas que foram capacitadas em restauro, vai ser utilizada na recuperação do Palácio da Mogiana, prédio que abrigou no passado os escritórios da ferrovia Mogiana. O secretário de Cultura, Francisco de Lagos, informou que esse prédio servirá como case das atividades que serão desenvolvidas a partir dos acordos firmados com Havana. Lagos disse que entregará ao prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) um conjunto de propostas de convênios e parcerias com organismos cubanos para a recuperação do patrimônio cultural de Campinas.
Em Havana, representantes do Conselho Municipal de Cultura, Coordenadoria Setorial do Patrimônio Cultural, Secretaria de Comércio e Turismo e Secretaria de Cultura que participaram do V Congresso de Cultura e Desenvolvimento de Cuba, acertaram alguns detalhes da proposta que será apresentada provavelmente na quinta-feira em Campinas, após análise do prefeito. Entre elas, está a possibilidade de intercâmbio de profissionais que atuam na Oficina do Historiador da Cidade, organismo que comanda o restauro do Centro velho da capital cubana, que irão a Campinas capacitar profissionais na área de restauro da cidade.
A recuperação da cidade velha de Havana recebeu, em 2001, o Prêmio Europeu de Arquitetura Philippe Rotthier. Tudo acontece a partir da Oficina do Historiador da Cidade, criada em 1938 para proteger o conjunto arquitetônico do núcleo que deu origem à capital cubana. O organismo é o ponto de partida de todo um sistema de proteção do patrimônio local que gerou a Comissão de Monumentos, Edifícios e Lugares Históricos e Artísticos de Havana, antecessora da atual Comissão Nacional de Monumentos, e as legislações que regulam o setor.
Miguel Mejiha, funcionário da Oficina do Historiador e que comanda um dos núcleos de restauro, informou que a oficina tem sua organização distribuída em vários níveis, com diretorias especializadas, unidades orçamentárias e de projetos, além de empresas construtoras e de restauração, imobiliárias, além de companhias dos ramos de turismo, moveleiro e de transportes
Uma parte restaurada está pintada em cores intercaladas. As antigas casas de arquitetura espanhola (com influência árabe) são verdes, amarelas, azuis, vermelhas, semelhantes ao projeto de recuperação do Pelourinho, na Bahia. Além de parcerias na área de patrimônio, também foram acertados acordos nos setores de música, museus, artes plásticas.
De Campinas,
com informações da Agência Anhanguera de Notícias – jornal Correio Popular