Filme sobre Guerrilha do Aaraguaia é exibido em São Luís/MA
Como parte da programa da greve geral, o SINPROESEMMA exibe sexta-feira (dia 15), às 10 horas, no Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, em São Luís o filme Araguaya – Conspiração do Silêncio, que narra a luta armada no Sul do Pará contra a Ditadura M
Publicado 14/06/2007 13:57 | Editado 04/03/2020 16:48
Parte dos guerrilheiros do Araguaia residiram no Maranhão antes do início da luta armada. Alguns, como o mecânico José Humberto Bronca, o Zé Fogoió, que morou em São Luís e trabalhou como camelô na feira do João Paulo. Outro que morou no Maranhão, na cidade de Porto Franco, foi o médico gaúcho João Carlos Haas Sobrinho, um dos três guerrilheiros mais populares da luta armada no Araguaia, ao lado de Oswaldo Orlando da Costa, o Oswaldão, e Dinalva Oliveira Teixeira, a Dina. Magro, 1m86, cor clara e sempre de óculos, Juca era querido pelos moradores das cidades próximas à região da Guerrilha do Araguaia, onde morou por cinco anos durante o período da clandestinidade. Uma das alas da maternidade de Porto Franco, tem o seu nome. Relatos dos moradores revelam traços de sua personalidade: o guerrilheiro tratava da população, doava remédios e fazia partos de graça. Foi pintor, funileiro de automóveis, e chegou a montar um pequeno consultório popular, em 1967. Meses depois, com o surgimento dos primeiros assaltos armados nos centros urbanos, o Exército publicou erroneamente sua foto como a de um dos assaltantes. Caçado pela repressão, deixou Porto Franco, apesar dos apelos contrários da população e autoridades, e mudou-se para São Geraldo, povoado à beira do Araguaia. Lá, trabalhou como lavrador, mas não abandonou os estudos de medicina e do marxismo. Escreveu sobre malária e leishmaniose, fruto de pesquisas. QUEBRANDO O SILÊNCIO Como se sabe, a Guerrilha do Araguaia foi marcada pela mordaça da censura da Ditadura Militar que temia, caso fosse amplamente divulgada pelos meios de comunicação, a adesão de milhares de pessoas que contrapunham na cidade aquele regime de exceção comandado pelos generais de plantão. Os dirigentes do PCdoB, entre os quais o seu presidente João Amazonas, concebeu uma Revolução que partisse do campo para a cidade, baseados nas experiências vitoriosas de Ho Chi Minh, um general de pouco mais de 1.50m que derrotou o exército mais poderoso do mundo, o dos Estados Unidos, e da marcha vitoriosa de Mão Tsé-tung, em 1949, na China. ARAGUAYA – CONSPIRAÇÃO DO SILÊNCIO Um religioso francês chega ao Brasil nos anos 60, presenciando a formação da Guerrilha do Araguaia. Com Norton Nascimento, Françoise Forton e Danton Mello. FICHA TÉCNICA Título Original: Araguaya – Conspiração do Silêncio ELENCO Norton Nascimento (Osvaldão) SINOPSE O exército brasileiro no auge da ideologia da segurança nacional, um partido de esquerda dissidente, militantes aguerridos (a maioria deles ainda jovens e inexperientes), inocentes camponeses e uma região onde a ambição e a miséria disputavam lugar palmo a palmo. É neste cenário que está o Padre Chico (Stephane Brodt), um religioso francês que chegou à região do Araguaia no início dos anos 60. A profunda identidade de Padre Chico com as pessoas da região, associada ao seu sentimento religioso e dúvidas existenciais, fazem com que o religioso presencie os eventos ligados à formação da Guerrilha do Araguaia. |