Pesquisa: reforma política divide bancada tucana
A bancada do PSDB na Câmara está dividida sobre os dois principais pontos da reforma política, que começa a ser discutida e votada amanhã (13). Uma Pesquisa interna mostra que três quartos dos deputados tucanos apóiam o financiamento público das campanhas
Publicado 12/06/2007 15:03
A pesquisa foi feita prela liderança do PSDN e ouviu 55 dos 57 deputados federais do partido. O voto em lista é o ponto de maior polêmica, que se estende igualmente a outras bancadas partidárias. Pelo levantamento, 56,14% dos parlamentares tucanos apóiam a adoção da medida, vista como importante para fortalecer os partidos e indispensável para a adoção do financiamento público.
O financiamento público de campanha também não é unanimidade na bancada do PSDB, embora consiga uma maioria nítica. Chegam a 77,19% os parlamentares tucanos aceitam essa proposta, vista como uma forma de conter a corrupção eleitoral.
Proposta de FHC não une nem seu partido
Para a tristeza do ex-presidente da República e presidente de honra do PSDB, Fernando Henrique Cardoso, a idéia do voto distrital é repudiada pelos deputados tucanos. O sistema de sistema de voto distrital puro, defendido por FHC, recebeu o apoio de apenas 17,54% da bancada, segundo a pesquisa. Mesmo a alternativa do voto distrital misto é polêmica entre os tucanos: 57,89% dos deputados federais se disseram favoráveis.
Os deputados tucanos se inclinam por uma mudança que não está prevista no projeto de reforma política em debate na Câmara. Segundo a pesquisa, 75,44% defendem a proibição das coligações partidárias nas eleições proporcionais.
Saída pode ser liberar o voto
As opiniões desencontradas já levaram a bancada tucana a se reunir cinco vezes para tratar da reforma política. A última reunião ocorre nesta terça-feira (12), véspera do tema entrar em pauta no plenário da Câmara. Caso as divergências não possam ser aplainadas, o partido tende a liberar o voto dos seus deputados.
A bancada tucana desce do muro no caso de mudanças que também têm grande concenso em outras legendas. Os deputados tucanos são amplamente favoráveis, por exemplo, à adoção de mecanismos que garantam a fidelidade partidária. Ao todo, 91,23% dos parlamentares concordam com essa idéia.
Com informações da Agestado