Herói grego afirma que Estonia pretende renascer nazismo

Manolis Glezos, herói nacional grego e um dos lutadores mais conhecidos contra o nazismo, condenou nesta segunda-feira (30) duramente a desmontagem do monumento soviético ao Soldado Libertador, em Tallin, capital da Estônia.

“Não se trata apenas de uma insolente desmontagem e da cruel repressão contra a massa de pessoas que defendiam o movimento, mas trata-se também de uma mensagem que convoca a todos nós a estarmos alertas para não deixar o nazismo voltar a ocupar a Europa”, disse Glezos para a agência pública russa RIA-Novosti.



Em 30 de maio de 1941, Manolis Glezos, que tinha à época 19 anos, arriou junto com um amigo, Apostolos Santas, a bandeira nazista que tremulava sobre a Acrópoles, em Atenas, fazendo subir a bandeira grega. Essa proeza chegou a ser um dos atos de resistência mais famosos em toda a Europa, no auge da ocupação nazista em vários países do continente.



Glezos foi condenado várias vezes à morte, primeiro pelas autoridades nazistas de ocupação na Grécia, e depois pelo governo grego durante a guerra civil ocorrida no país após a Segunda Guerra Mundial.



Glezos foi aprisionado durante o regime fascista grego em fins os anos 1960. Naquela época foi organizada uma campanha de massas em apoio ao herói nacional grego, com o lema de “Liberdade a Manolis Glezos!”.