Comunistas miram Conferência de Políticas para Mulheres
Com o objetivo de “analisar e repactuar os princípios e diretrizes aprovados” na 1ª Conferência Nacional de Política para as Mulheres (CNPM), o governo federal convocou a segunda edição do encontro para 18 a 21 de agosto. A conferência deve avaliar também
Publicado 23/04/2007 21:52
Os trabalhos terão a coordenação do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher e da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), que é ligada à Presidência da República. No processo de realização da primeira conferência, participaram 150 mil mulheres de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal, culminando, na plenária final, com a presença de 3 mil delegadas e convidados.
Na ocasião, foram aprovados os indicativos para a elaboração do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, abrangendo 5 áreas: educação não-discriminatória; saúde, direitos sexuais e reprodutivos; combate à violência contra a mulher; trabalho e autonomia econômica das mulheres; e gestão pública. O plano contempla 199 ações, a serem implementadas. Vários governos estaduais e municipais pactuaram com a SPM para executar tais ações.
Passados dois anos da realização da 1ª CNPM, já está em curso a segunda edição. As etapas municipais e regionais vão até 30 de abril, enquanto as etapas estaduais podem ocorrer de 15 de maio a 15 de julho. Cabe às debatedoras fazer uma análise abrangente da realidade brasileira, debater os desafios para a construção da igualdade entre homens e mulheres, avaliar a execução e o impacto das ações propostas no plano e ainda se debruçar sobre a participação das mulheres nos espaços de decisão e de poder, pretendendo apresentar propostas para ampliar esta representação.
As comunistas em ação
Após a realização da 1ª Conferência Nacional do PCdoB sobre a Questão da Mulher, a militância comunista quer pôr em prática o protagonismo das mulheres na luta por mudanças, na perspectiva emancipacionista. O documento aprovado na conferência – e que será apreciado e referendado na próxima reunião do Comitê Central – afirma que a realidade atual exige a efetiva participação das mulheres em processo contínuo para se alcançar as transformações em curso no governo Lula.
Essa participação, segundo o texto, dará combate às forças retrógradas e conservadoras do país, buscando ainda aprofundar a conquista de seus direitos. Por isso, a participação comunista na 2ª CNPM é fundamental, seja através da União Brasileira de Mulheres, seja por meio de outras organizações dos movimentos sociais que contam com a presença de comunistas, assim como de parlamentares e gestores.
Os comunistas não podem subestimar o potencial que esse processo tem de mobilizar e organizar as mulheres no debate de suas reivindicações e proposições de políticas públicas. É dever garantir presença nas conferências municipais, regionais e estaduais em curso, possibilitando uma significativa delegação nos três níveis da federação.
Para mais informações, consulte o site da SPM
Da Redação, com informações de Liège Rocha