Fim da reeleição não está em pauta, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vai interferir no debate do Congresso sobre o fim da reeleição e disse, por meio do porta-voz Marcelo Baumbach, que o tema não está na pauta do governo. “O presidente Lula historicamente é contra a reeleição e

No Congresso, partidos aliados do Palácio do Planalto e oposicionistas discutem apresentar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para acabar com a reeleição. A iniciativa agradaria tanto a cúpula do PSDB quanto o PT.


 


Serra se pronuncia


 


Com um discurso muito parecido com o do porta-voz de Lula, o governador de São Paulo, José Serra, defendeu ontem o fim da reeleição. Ao mesmo tempo, porém, garantiu que não está fazendo “nenhum trabalho de articulação a este respeito, até porque há opiniões diferentes no PSDB”. Referiu-se ao fato de o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ter feito pregação oposta na véspera, em defesa do instituto que lhe garantira o segundo governo, enquanto o governador tucano de Minas Gerais, Aécio Neves, propusera, no início da semana, acabar com a reeleição e esticar o mandato de quatro para cinco anos.


 


“Não abandonei nem introduzi (o debate do fim da reeleição) porque não estou trabalhando com esta bandeira. Minha posição não é nova nem está ligada à conjuntura”, insistiu Serra que, ao frisar que pensa da mesma forma desde 2001. “Vi que havia problemas com a reeleição”, emendou o governador que, durante a última campanha presidencial, uniu-se ao colega de Minas Gerais para fechar um acordo anti-reeleição com o candidato tucano Geraldo Alckmin.


 


Os dois governadores tucanos são as maiores reservas do partido na sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a diferença de que, a continuar valendo a reeleição, Serra tem a alternativa de disputar novamente o governo paulista e Aécio já cumpre seu segundo mandato.


 


Mas proibir prefeitos, governadores e presidente da República de concorrerem ao posto mais uma vez não é tarefa fácil no Congresso. Para tal, a Câmara e o Senado terão de aprovar uma emenda constitucional em dois turnos de votação em cada uma das Casas do Legislativo.


 


“Eu refleti a respeito da conveniência da reeleição para o País, da qual fui partidário, e acho que ela poderia ser revista”, observou o governador paulista. Em seguida, porém, deixou claro que queria encerrar o assunto. “Vim aqui para falar de segurança pública e não vou transformar outra coisa em lead”, sentenciou.


 


Da redação,
com informações do G1