Dieese: Novo mínimo vai injetar R$ 16 bilhões na economia
O novo salário mínimo, que a partir deste mês passou para R$ 380, vai injetar na economia R$ 16 bilhões, proporcionando aumento do poder de compra dos trabalhadores e melhora na dinâmica do panorama econômico nacional.
Publicado 07/04/2007 13:23
A avaliação é do economista e diretor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Granz Lúcio.
“Esses recursos adicionais serão utilizados diretamente para o consumo dos chamados “bens-salários”, que são produtos e serviços produzidos na sua grande maioria pelo próprio mercado interno”, disse.
“Esse movimento ativa a economia e fortalece principalmente as pequenas empresas do país”, acrescentou nesta sexta-feira (6), em entrevista à Radio Nacional do Rio de Janeiro. Segundo ele, o mercado interno é formado por empresas e indústrias que prestam serviços dentro do território brasileiro.
De acordo com o diretor do Dieese, há cerca de 40 milhões de brasileiros — entre empregados com e sem carteira assinada, autônomos e pensionistas — cuja renda está diretamente relacionada ao valor do salário mínimo.
Granz Lúcio afirma que, nas regiões mais pobres do país, o impacto é ainda mais perceptível. É o caso da Região Nordeste, onde cerca de 50% da população têm renda associada ao mínimo. “Melhorando o salário mínimo, essas pessoas têm maior capacidade de consumo.”
Da Redação, com informações da Agência Brasil