Trabalhadores do RS organizam manifestação para dia 10 contra a emenda 3  

Coordenados pela CUT-RS, representantes das entidades sindicais do Estado realizaram, na igreja Pompéia, a grande reunião de mobilização dos trabalhadores do Rio Grande do Sul pelo veto à Emenda 3.

Dirigentes de todas as categorias uniram forças contra a possibilidade do maior retrocesso da história, proposto por parlamentares sem o menor  compromisso com a sociedade brasileira. Como encaminhamento, ficou decidida a construção de uma poderosa manifestação no dia 10 de abril, em Porto Alegre. Os atos públicas serão acompanhadas pelos trabalhadores de todo país.


 


A Emenda 3, colocada de contrabando no projeto da Super Receita, é um ataque aos direitos elementares dos trabalhadores. Os patrões pretendem, com este golpe, legalizar uma fraude trabalhista, transformar seus funcionários em pessoas jurídicas e assim abrir caminho para acabar com as férias, o 13º salário, o descanso semanal remunerado, o FGTS, a licença-maternidade, o vale-transporte, o vale-alimentação, a assistência médica e previdenciária.


 


A situação já atinge algumas categorias, principalmente profissionais liberais com altos salários. Contudo, os empresários, através de lobby “violento”, dirigidos a homens e mulheres sem espírito público, querem estender o mecanismo à grande massa de trabalhadores. Desta forma, o cidadão comum, que sofre todo tipo de dificuldade num país que caminha a pouco tempo, para uma relação trabalhista justa, sofrerá um retrocesso de conseqüências desastrosas.


 


Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre e região, Claudir Nespolo, esta é a pauta principal dos trabalhadores de todo Brasil. “Não aceitaremos a redução dos direitos dos trabalhadores e nossa mobilização vai mostrar isso”, assegura Nespolo. De acordo com Loricardo de Oliveira, tesoureiro da CUT-RS, o conjunto dos trabalhadores deve avançar de maneira propositiva, conquistando direitos, como a redução da jornada de trabalho. “A proposta de reduzir as conquistas dos trabalhadores servirá para levar o movimento sindical às ruas”.


 


A Secretária de Comunicação da CUT-RS, Sônia Solange, alertou para o fato de que num primeiro momento, uma possível aprovação da emenda, prejudicaria os trabalhadores da iniciativa privada, mas, logo adiante, novas resoluções implicariam a supressão de diretos de toda classe trabalhadora. O presidente da CUT-RS, lembrou aos companheiros presentes a importância da difusão da gravidade da pauta que será apreciada na próxima semana. “Vamos conversar com todos e todas, em toda parte, e vamos às ruas, na grande mobilização do dia 10.


 


CUT-RS