Reitor da Uenf pede autonomia financeira e reposição salarial

De acordo com o reitor, a Uenf ainda é uma universidade em construção e o aumento da verba anual, aprovada pela Alerj no orçamento do estado, não é suficiente para manter sua estrutura. “Precisamos construir um pavilhão de aulas, uma biblioteca central, um centro esportivo e um restaurante universitário e depois vamos precisar de verbas para manter esta estrutura em funcionamento”, explica Braz. Segundo ele, a cota mínima mensal de custeio, que deveria ser de cerca de R$ 1 milhão, hoje não ultrapassa os R$ 600 mil.

Para o diretor do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais (Sintuperj), Arnaldo Gama, a audiência foi importante para que o reitor apresentasse os problemas da gestão financeira e a autonomia da Uenf. Além disso, foi debatido as condições de trabalho. Segundo o dirigente sindical, os funcionários técnico-administrativos sofrem com problemas em relação à área rural, como por exemplo, na exposição ao sol sem protetores. Foi cobrado ainda a apresentação de um relatório pericial sobre a insalubridade dos trabalhadores na Uenf, que está pronto há mais de um ano.

Segundo o representante da Associação dos Docentes da Uenf (Aduenf), Álvaro Ramon, “as despesas da universidade devem ser maiores porque a Uenf ainda está crescendo, inclusive no número de professores, que não têm reposição salarial há 13 anos, mesma idade da universidade”, diz, para logo depois advertir para a evasão de profissionais altamente qualificados.

Além da audiência pública na Uenf, está prevista uma reunião com o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, para tratar de questões comuns às universidades estaduais, como a autonomia financeira, e a criação de uma frente parlamentar em defesa das universidades do Estado do Rio de Janeiro.