Aniversário lança campanha por sede própria do PCdoB
Um dos momentos de maior entusiasmo na festa do 85º aniversário do PCdoB, nesta quarta-feira (28) em Brasília, foi o lançamento da campanha de finanças para dotar o Partido de uma sede própria. Já com cartaz, adesivo e folhetos, a campanha mereceu uma ent
Publicado 28/03/2007 23:35
“Tudo nasceu desta idéia da ousadia, de que o PCdoB pode e deve ocupar um novo patamar na política, ter mais visibilidade também. Se o Partido trata de ocupar um espaço, também entra nisso a idéia da base material”, argumentou Vital.
Renato: “Esperamos R$ 5 milhões”
Terá que ser uma grande campanha nacional. A sede própria, que ficará em São Paulo (embora formalmente o Partido necessite ter sede e domicílio em Brasília), precisará estar à altura das necessidades presentes e futuras do PCdoB e da Fundação Instituto Maurício Grabois. O projeto pretende incluir também uma livraria e um centro de convivência, voltado para os cidadãos e as forças avançadas da vida social, política e cultural. E isso custa dinheiro.
O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, está confiante. “Esperamos com a campanha da sede própria arrecadar pelo menos R$ 5 milhões. Com isso, poderemos comprar um bom prédio. Acredito que vamos conseguir porque pela nossa experiência percebemos que os desafios concretos são sempre bem respondidos pelo partido. Conseguir a sede tem um significado político muito importante para o partido”, defende Renato.
Vital também acredita que a campanha terá sucesso, e adianta mesmo uma expectativa de prazo, por volta de outubro deste ano. “Nós achamos que, com o apoio da militância e dos amigos, nós de fato podemos conquistar a sede própria”, afirma o tesoureiro.
O tijolo de cada militante
Para Vital, a vitória dependerá do engajamento da militância comunista. “Cada militante que adquirir este ano a carteirinha de membro do PCdoB vai estar dando o seu tijolo para a sede própria do Partido. Isso pode ser um grande incentivo para o militante de base mesmo, lá na ponta da linha, aquele que está desempregado, aquele que ganha pouco…”
Ele agrega porém que a campanha vai urecorrer a muitas outras formas. Anuncia que já está marcado um jantar no Rio de Janeiro para arrecadar fundos. “Vamos fazer coisas assim em São Paulo, Bahia, Amazonas, Pernambuco, Ceará, Sergipe… em todos os lugares onde for possível. As formas variam”, ressalta.
Vital é operário metalúrgico, tem 60 anos e ingressou no PCdoB em 1972, na fase mais tenebrosa da ditadura militar. Qual a primeira sede do partido que ele conheceu? “A primeira sede, deixa eu te falar…” – ele olha para cima e puxa pela memória. “Ah, foi aquela na Vila Mariana, perto da Sena Madureira. Era um cubículo. Como as coisas mudam…”, diz, referindo-se a uma casa na Rua Capitão Macedo, São Paulo, onde o PCdoB ainda constrangido à clandestinidade funcionava no início dos anos 80.
De Brasília,
Bernardo Joffily