Estudantes tomam ruas de Belo Horizonte pelo passe
Em ato com 2 mil estudantes, diretor da UBES afirma que BH é a única capital do país que não possui política de passe
Publicado 23/03/2007 10:59 | Editado 04/03/2020 16:52
Trajeto
A manifestação marcou o Dia Nacional de Luta Pelo Passe-Livre da UBES e passou pelos principais pontos da região central de Belo Horizonte, como a Praça Sete, a prefeitura e a Praça da Liberdade. Ao chegar na esquina da Praça da Liberdade, a manifestação foi impedida pela PM de seguir seu curso. Embora os organizadores da manifestação tenham buscado diálogo com a polícia, a passeata só pôde seguir após a intervenção do deputado estadual Carlin (PcdoB), que acompanhava a manifestação.
A realização de um dia nacional de mobilizações pelo passe foi uma decisão do Congresso da UBES, ocorrido no final de 2005. Segundo Marcelo Diniz, diretor de relações institucionais da UBES, no ano passado foram mobilizados cerca de 150 mil estudantes em 62 cidades, em todas as regiões do país. Diniz garante que a mobilização deste ano já superou a de 2006. Ele avalia que a indignação dos estudantes com a falta de políticas para a educação vem crescendo no país, o que faz aumentarem as mobilizações. “E Belo Horizonte é a única capital do país que não possui nenhuma política de passe estudantil”, conclui Diniz.
28 de março
Para Mariana Alves, vice-presidente da UNE em Minas Gerais e diretora da UCMG, há uma boa perspectiva para o movimento, pois “haverá uma nova passeata no dia 28 [de março] e nós já criamos uma comissão para discutir o Projeto de Lei”. A diretora da UCMG se refere ao PL proposto pelo vereador Paulo Lamack (PT) que institui a meia-passagem para estudantes em Belo Horizonte. O projeto, entretanto, segundo Mariana Alves, gera responsabilidade de subsídio para o executivo e por isso, mesmo se aprovado em plenário, será vetado por uma questão legal. “Discutiremos um substitutivo ao PL se for necessário”, promete a estudante.