Debate destaca trabalho do PCdoB na construção da democracia brasileira
O debate ''O Brasil precisa de audácia'' promovido pelo Comitê Municipal do PCdoB/Campinas reuniu aproximadamente 150 pessoas – entre lideranças comunitárias, dirigentes políticos e intelectuais – na noite de terça-feira (20), no Salão Vermelho da Pref
Publicado 21/03/2007 17:40 | Editado 04/03/2020 17:19
João Raimundo (Kiko), presidente municipal do PCdoB, iniciou o debate recordando a história de lutas por melhores condições de vida, pela democracia, a soberania, a igualdade e o socialismo, travadas pelo partido sempre junto com o povo. ''Esses 85 anos têm também um sentido de aprendizado; o partido lutou e aprendeu junto com o povo'', afirmou Kiko.
Para Gerardo Mendes de Melo, presidente do PT/Campinas, é muito importante a existência de um partido como o PCdoB, pois ''a cultura brasileira não é uma cultura de partidos fortes; normalmente as forças estão nas regiões ou nas pessoas''. Gerardo considera que o partido contribuiu muito para a organização da classe operária brasileira, principalmente através de sua militância. ''É um partido que tem inserção social, o que, em nossa compreensão, é fundamental'', afirma o dirigente petista. Cláudio Quércia, presidente do PMDB/Campinas, lembra que o PCdoB, junto com o PMDB, teve uma atuação importante no processo de redemocratização do país. ''Isso permitiu que chegássemos ao atual estágio democrático'', afirma. Ele considera que o partido é muito eficiente no combate à desigualdade social, tanto por sua atuação no Congresso quanto pelo trabalho de seus militantes. Luiz Aquino, vice-presidente do PDT/Campinas, reforça que é possível ver nas várias conquistas sociais atuais o resultado da luta do PCdoB ao longo desses 85 anos. ''É um partido que deixou sua marca na história'', afirma Aquino.
Eduardo Coelho, diretor-geral das Faculdades Integradas Metropolitanas de Campinas (Metrocamp), avalia que o partido tem uma história expressiva, que está marcada na vida nacional. ''O PCdoB compreende a luta política, e sabe ser leal com aqueles com quem estabelecesse suas alianças. Ser leal não é dobrar a espinha, mas é auxiliar na luta, e o partido sabe também como inocular nos outros os seus ideais. As pessoas passam mas a lealdade fica marcada na história.'', afirma Coelho. Hermano Tavares, reitor da Unicamp entre 1998 e 2002, considera que o partido presta um inegável serviço à democracia brasileira, pois sabe ser sereno sem precisar abrir mão de seus ideais. ''Este é um ponto alto na história desse partido que nunca fugiu aos seus ideais e à sua linha política'', afirma Hermano; para quem o partido tem uma pureza ideológica irretorquível que dá lições ao Brasil.
Nádia Campeão, presidente estadual do partido afirmou que para os comunistas é motivo de orgulho compartilhar essa data na presença de tantos amigos, pois todos têm participação nas grandes lutas do povo brasileiro. ''Nosso passado está ligado à luta emancipatória do povo brasileiro; nós temos orgulho desse passado e também das lutas do presente'', afirmou. Nádia reforçou o lema adotado pelo partido na comemoração dos 85 anos: audácia, ousadia. A dirigente considera que o movimento social tem que aproveitar a conjuntura para ampliar suas conquistas e criar um país soberano, com uma justa distribuição de renda e respeito aos direitos dos trabalhadores. Finalizando sua intervenção, Nádia convocou todos a defenderem a democracia política juntando esforços para barrar a tentativa de mudar a constituição federal para permitir o retorno da cláusula de barreira. ''Junto com outros partidos, fomos ao Supremo Tribunal e derrubamos a cláusula de barreira que, no entender dos próprios ministros, é anti-democrática; o PCdoB defende uma reforma política democrática que garanta o pluripartidarismo brasileiro'', conclamou Nádia.
Paulo Alberto, presidente da Associação de moradores do Jd. Dom Gilberto, Puccamp, Cidade Singer São Jorge e Jd. Colômbia (região sul) filiou-se ao PCdoB há 90 dias porque acredita que a luta do PCdoB é a mesma luta que ele desenvolve ''É por mais conquistas para os moradores, é a luta em defesa da classe mais pobre'', afirma Paulo. A diretora do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp, Zilda Farias, é militante há 20 anos. ''Comecei na UJS. Sempre me identifiquei com partido por seu histórico de lutas e, nos últimos anos, pelas diversas conquistas. Sempre concordei com as formas e os métodos do partido encaminhar as lutas sempre ao lado do povo. De maneira coerente, científica. O PCdoB é fundamental para alcançarmos mais conquistas. O PCdoB é o Partido!'', bradou Zilda.
De Campinas
Agildo Nogueira Jr.