Polícia reprime metalúrgicos e prende Mauricinho, presidente do Sindicato
A Polícia Militar reprimiu com violência a manifestação pacífica dos metalúrgicos da Moldenox que estão em greve há quatro dias. A PM foi chamada pela empresa e chegou agredindo os trabalhadores. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio, Maurício
Publicado 10/11/2006 21:25 | Editado 04/03/2020 17:06
A paralisação da Moldenox, localizada em Vigário Geral, faz parte da campanha salarial deste ano dos metalúrgicos. Com a chegada da polícia, Maurício Ramos tentou se apresentar e explicar o motivo do protesto, mas não foi ouvido. A PM partiu para a agressão, o que gerou um grande conflito entre os policiais e trabalhadores.
Maurício, Roberto e Lopes foram presos e levados para a delegacia. A polícia alegou desacato de autoridade. No final da tarde os três foram soltos e se dirigiram ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer o exame de corpo de delito.
Assembléia
Desde o começo da campanha salarial os metalúrgicos enfrentam a intransigência da Firjan, que até agora só apresentou uma proposta de reajuste de 3%, já rejeitada pelos trabalhadores. No dia 9, os metalúrgicos realizaram uma nova assembléia e mais uma vez rejeitaram a proposta. Eles decidiram intensificar as paralisações e fazer greve por fábricas.
No dia 13 haverá uma mesa-redonda na Delegacia Regional do Trabalho convocada pela delegada Lívia Aroeira para tentar retomar as negociações, suspensas pela Firjan.
Os metalúrgicos querem 13,9% de reajuste. Na pauta também constam reivindicações sociais como: plano de saúde, ticket refeição, bolsa-educação, e principalmente, uma norma com relação ao pagamento da participação nos lucros e resultados (PLR).