Assembléia dos metalúrgicos pode decretar greve

Até o momento sem uma nova proposta satisfatória de acordo coletivo para a categoria, o Sindicato dos Metalúrgicos do Rio realizará no dia 9 a assembléia que poderá decretar a greve.

Para o presidente do Sindicato, Maurício Ramos, a Firjan tem se mostrado intransigente, mantendo a proposta de 3%, já rejeitada pelos trabalhadores, e suspendendo as negociações. “Estamos tentando, por todos os meios, fazer com que as negociações avancem. Inclusive, a nosso pedido, a delegada regional do trabalho, Lívia Aroeira, está convocando representantes da Firjan para uma mesa-redonda, na DRT. Os patrões, ao contrário, estão apostando no impasse”, avaliou Maurício.
 
Além de 13,9% de reajuste, estão na pauta de reivindicações itens sociais como: plano de saúde, ticket refeição, bolsa-educação, e principalmente, uma norma com relação ao pagamento da participação nos lucros e resultados (PLR).
 
Em greve


A insatisfação com a intransigência da Firjan, já levou três importantes empresas metalúrgicas a entrar em greve. Em assembléia, os trabalhadores da Racine, do grupo Racine NHK, fabricante de molas para carros, decidiram paralisar suas atividades, rejeitando a nova proposta da empresa, de 5% de reajuste. Os metalúrgicos da Moldenox, também fizeram assembléia decidindo entrar em greve. A empresa decidiu seguir a proposta da Firjan.
 
Já os empregados da Ebsen, que fizeram greve de três dias, em outubro, conquistaram reajuste de 7%, além de novos pisos. Para Maurício Ramos foi uma conquista importante, significou um aumento real de salários, superior aos 2,86% que reporiam a inflação de um ano.